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ONU condena ataques do Hamas e critica cerco de Israel a Gaza

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu “imediato cessar de ataques e libertação de todos os reféns”

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Russian Foreign Ministry/Anadolu Agency via Getty Images
Antonio Guterres secretário-geral da ONU
1 de 1 Antonio Guterres secretário-geral da ONU - Foto: Russian Foreign Ministry/Anadolu Agency via Getty Images

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, por meio de seu secretário-geral, os recentes eventos de conflito entre Israel e o grupo Hamas. António Guterres se pronunciou nesta segunda-feira (9/10), após reunião das agências da ONU para discutir e avaliar o conflito no Oriente Médio. “Eu reitero meu pedido pelo imediato cessar de ataques e libertação de todos os reféns”, afirmou Guterres.

O ataque feito pelo grupo Hamas em Israel, no último sábado (7/10), resultou em uma contraofensiva instensificada nesta segunda-feira (9/10) pelas forças israelenses. Ambas atitudes foram condenadas pelo representante da ONU, que falou em “ataques abomináveis do Hamas e de outros grupos contra cidades e vilarejos israelenses na periferia de Gaza, que deixaram mais de 800 israelenses mortos e mais de 2.500 feridos”.

Guterres também disse que as queixas dos palestinos sobre as agressões são legítimas, mas reforçou que não há justificativa para os ataques terroristas cometidos pelo grupo Hamas. “Eu reconheço o sofrimento legítimo do povo palestino, mas nada disso justifica os atos de terror e mortes de civis [em Israel]. (…) Por conta dos eventos sem precedentes, Israel atacou por ar a Faixa de Gaza, e estou profundamente alarmado pelos relatos de 500 palestinos, incluindo crianças e mulheres, mortos em Gaza. Esse número aumenta a cada minuto, enquanto Israel continua a oprimir [a região]. Relembro Israel que os ataques devem ser coordenados com a lei militar internacional”, completou.

Israel inclusive autorizou oficialmente o sobrevôo e pouso de aeronaves brasileiras no país, para repatriação. São, ao todo, 1,7 mil pedidos.

Dados de feridos e mortos no conflito entre Israel e Hamas

Mais de 100 mil soldados israelitas fazem cerco à Faixa de Gaza, após os ataques do grupo Hamas, no último sábado (7/10). A guerra entre Israel e o Hamas entrou em seu terceiro dia, com um saldo de 1,2 mil mortos confirmados até agora.

Os dados confirmados até agora calculam um saldo de 700 mortos em Israel como consequência dos ataques do Hamas, 413 deles sendo civis. A expectativa é que o número suba.

O balanço do conflito indica, até o momento, ao menos 1,2 mil mortos: 700 pessoas em Israel; 493 na Faixa de Gaza; e 7 na Cisjordânia. Os feridos já passam de 4,5 mil. O Hamas teria mais de 100 reféns.

O Grupo Hamas

O Movimento de Resistência Islâmica é um grupo radical que foi financiado pelo Irã, cujo objetivo oficial seria “garantir a libertação dos palestinos e lutar pelo fim de Israel”. O líder do Irã, Ali Khamenei, chegou a chamar o país de “câncer”. O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, quando jurou destruir os inimigos.

O grupo fez um ataque surpresa no último sábado (7/10), em que efetuou 5 mil foguetes, segundo o Hamas. De acordo com o governo, foram 2 mil disparos.

O estatuto do Hamas inclui Israel como território palestino, e define a Palestina como terra islâmica, não judia. Foi criado com o início dos conflitos na Faixa de Gaza, e o Hamas é considerado um grupo antissemita, pois também ataca os judeus enquanto povo.

O conflito na Faixa de Gaza

A Faixa de Gaza é um dos territórios mais conflituosos do mundo, tendo sido palco de uma disputa que se estende desde 1967, quando Israel invadiu a Cisjordânia e a Faixa, na terra que antes era conhecida como Palestina, local também muito associado ao “lar original” dos judeus, na Bíblia.

É um território de 41 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura. Faz fronteira com o Egito, com Israel e o Mar Mediterrâneo, e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 80% da população da Faixa de Gaza depende da ajuda internacional.

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