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ONU: Boric vai da direita à esquerda para atacar “ditadores de turno”

Presidente do Chile, Gabriel Boric, que é crítico de Nicolás Maduro, afirmou que países progressistas adotam posições duplas

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Presidente do Chile, Gabriel Boric, deixa Palácio do Itamaraty após dia de reuniões com países da América do Sul 4
1 de 1 Presidente do Chile, Gabriel Boric, deixa Palácio do Itamaraty após dia de reuniões com países da América do Sul 4 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Nova York — Crítico do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, o presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, afirmou nesta terça-feira (24/9), na cúpula internacional “Em defesa da democracia. Lutando contra extremismos”, que os países progressistas devem adotar uma única postura no que se refere à violação de direitos humanos.

Boric iniciou sua fala dizendo que gostaria de trazer uma reflexão não sobre os “nossos adversários da extrema-direita, mas a respeito de nós mesmos”.

A cúpula foi organizada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo presidente da Espanha, Pedro Sánchez, à margem da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Havia preocupação, antes do evento, de que entrassem no debate temas que causam discordâncias entre os cerca de 20 países convidados, como a questão da Venezuela.

“Deveríamos ter uma única postura sem duplo padrão. As forças progressistas são enfraquecidas quando, diante de certos conflitos, adotam posturas vacilantes, hesitantes ou posturas em defesa de certos interesses políticos no lugar de seguir os seus princípios”, disse Boric em sua fala.

Ele citou exemplos do que foi feito pela direita no que chamou de tentativas de golpe no Brasil, por Jair Bolsonaro (PL), e nos EUA, por Donald Trump, falando que esses países tiveram posturas ambíguas nas duas ocasiões.

“Precisamos adotar uma única posição como países progressistas. Os direitos humanos e a violação de direitos humanos — quero frisar isso — não podem ser julgados conforme a cor do ditador de turno que os violar ou do presidente que os violar, seja Netanyahu em Israel, ou Maduro na Venezuela, Ortega na Nicarágua ou Vladimir Putin na Rússia, quer se autodenominem de direita ou de esquerda ou o que seja”, prosseguiu Boric.

O chileno criticou medidas diferentes para julgar “aqueles que estão ao nosso lado”, em referência à América Latina. Ele disse já ter conversado com Lula sobre a “venezuelização” da política externa da região. O chileno precisou se ausentar logo após a fala, sem ouvir réplicas, e convidou os presentes a realizarem o próximo evento do grupo em Santiago do Chile.

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Também participa da cúpula o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

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