metropoles.com

ONU alerta para uso de armas nucleares na guerra: “De arrepiar ossos”

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, acusa a Rússia de “aumentar o nível de alerta” para forças nucleares

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Stringer/Anadolu Agency via Getty Image
Membros de separatistas pró-russos são vistos em Donetsk, controlado por separatistas pró-russos na Ucrânia
1 de 1 Membros de separatistas pró-russos são vistos em Donetsk, controlado por separatistas pró-russos na Ucrânia - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Image

A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um alerta para o possível uso de armas nucleares na guerra da Ucrânia. A entidade acusa a Rússia de “aumentar o nível de alerta” para forças nucleares.

Nesta segunda-feira (14/3), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, classificou o movimento russo como um “desenvolvimento de arrepiar os ossos”.

Guterres foi categórico: “A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo da possibilidade”.

O representante da entidade voltou a defender o cessar-fogo e pediu uma solução diplomática e pacífica para o conflito no Leste Europeu, iniciado em 24 de fevereiro.

“É hora de parar o horror desencadeado sobre o povo da Ucrânia e seguir o caminho da diplomacia e da paz”, frisou Guterres.

Cessar-fogo

Terminou sem consenso mais uma reunião entre russos e ucranianos. A negociação de um cessar-fogo será retomada na terça-feira. O encontro acabou com uma “pausa técnica”.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin ordenou, três dias após a invasão, que militares colocassem as forças nucleares do país em “regime especial de alerta”.

13 imagens
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
1 de 13

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
2 de 13

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
3 de 13

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
5 de 13

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
7 de 13

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
9 de 13

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
10 de 13

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 13

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Hoje, a Rússia tem cerca de 6 mil armas nucleares, segundo Hans Kristensen, diretor do Projeto de Informação Nuclear da Federação de Cientistas Americanos.

Após a ordem do presidente russo, a comunidade internacional rapidamente reagiu. Órgãos de segurança dos Estados Unidos dizem monitorar a situação.

Ataques

Sirenes antiataque foram acionadas em Kiev, capital e coração do poder na Ucrânia, e Lviv, uma das maiores cidades do país. O 19º dia de guerra teve uma escalada nos bombardeios, que tiveram início em 24 de fevereiro.

Já é noite na Ucrânia — o fuso é de cinco horas à frente do horário de Brasília. Em Kiev, por exemplo, o toque de recolher proíbe a circulação de pessoas.

Quando as sirenes são ligadas, o risco de ataque é extremo. Há recomendação de que as pessoas se abriguem em bunkers ou espaços subterrâneos, como porões.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?