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ONU: 4,3 milhões de refugiados deixaram Ucrânia durante a guerra

Desde quarta-feira (6/4) até esta sexta-feira (8/4), houve um incremento de 60 mil refugiados, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas

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pessoas cruzam da Ucrânia para a Polônia na fronteira entre Shehyni e Medyka enquanto fogem da invasão russa em 3 de abril de 2022 em Shehyni, Ucrânia
1 de 1 pessoas cruzam da Ucrânia para a Polônia na fronteira entre Shehyni e Medyka enquanto fogem da invasão russa em 3 de abril de 2022 em Shehyni, Ucrânia - Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) atualizou o número de refugiados na guerra na Ucrânia. Ao todo, 4,3 milhões de habitantes fugiram do país no Leste Europeu.

Desde quarta-feira (6/4) até esta sexta-feira (8/4), houve um incremento de 60 mil refugiados, segundo o Acnur.

“A guerra na Ucrânia desencadeou uma das crises humanitárias e de deslocamentos de mais rápido crescimento de todos os tempos”, alertou o porta-voz do Acnur, Matt Saltmarsh.

Apesar dos números alarmantes, o padrão de fuga, segundo a agência, está menor. “Embora o ritmo de chegadas esteja diminuindo, os fluxos gerais continuam, dadas as hostilidades em andamento. Por outro lado, quem saiu agora passou por semanas encolhido em casas e abrigos”, concluiu.

Ataque

Imagens mostram o estrago ocasionado pelo ataque russo à estação de trem de Kramatorsk. Um míssil atingiu o local onde milhares de civis aguardavam um trem para deixar o país. Além dos 50 mortos, há 87 pessoas feridas, segundo a imprensa internacional.

Fotos registram dezenas de corpos no chão, ao lado de malas e mochilas. Outra publicação evidencia uma grande nuvem de fumaça e autoridades de segurança tentando conter as chamas.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro. Os ataques não cessam, e nesta sexta-feira (8/4) a guerra completa 44 dias.

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