OMS afirma que Ômicron possui risco muito elevado para o planeta
Ministros de Saúde do G7 se reúnem em caráter de urgência, em Londres, para discutir como frear a disseminação da variante Ômicron
atualizado
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu, nesta segunda-feira (29/11), que o risco relacionado à nova variante Ômicron está classificado como “muito elevado” para o planeta. A entidade também disse que existem muitas incertezas sobre a variante que surgiu na África do Sul, inclusive sobre o perigo real.
“Dadas as mutações que podem conferir potencial de escape à imunidade e possível vantagem na transmissibilidade, 0 potencial de uma onda futura do Ômicron em nível global é alto”, alertou a organização. A OMS também afirma que, até o momento, não foram registradas mortes associadas à nova variante.
Ainda de acordo com a organização, a Ômicron tem um “número sem precedentes de mutações de pico, algumas das quais são preocupantes por seu impacto potencial na trajetória da pandemia”.
Nesta segunda-feira, ministros da Saúde dos países do G7 se reúnem, em caráter de urgência, em Londres, para discutir como frear a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus, causador da Covid-19.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, no domingo (28/11), ter identificado a contaminação por Covid-19 em um passageiro vindo da África do Sul, país com foco da variante Ômicron do coronavírus. Ainda não há a confirmação sobre a relação do caso com a nova linhagem.
De acordo com a agência, o brasileiro desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no sábado (27/11), em voo da Ethiopian Airlines. Ele foi colocado em isolamento e cumpre quarentena em casa.
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Entre as incógnitas que envolvem o novo vírus, está o nível de contágio, a hipótese de essa transmissibilidade ser inerente às mutações constatadas, e a possibilidade de a variante escapar da resposta imune.
A variante, detectada inicialmente no sul da África, tem se espalhado pelo mundo.
Variante B.1.1.529
Nas últimas semanas, a quantidade de casos de Covid-19 aumentou significativamente na África do Sul, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. Ela vem sendo considerada pela comunidade científica uma das cepas mais complexas. Para avaliar o potencial de transmissibilidade e letalidade, bem como a resistência às vacinas, novos estudos precisarão ser feitos.
“Há uma série de estudos em andamento, e o grupo de aconselhamento técnico continuará avaliando essa variante. A OMS comunicará as novas descobertas aos Estados Membros e ao público, conforme necessário”, informou a agência internacional.
Mutações da nova variante estão associadas à resistência a anticorpos neutralizantes, o que poderia indicar a possibilidade de o vírus escapar da ação das vacinas, segundo o professor de microbiologia da Universidade de Cambridge Ravi Gupta. “Parece, certamente, uma preocupação significativa”, afirmou Gupta ao jornal The Guardian.
A nova cepa tem mais de 50 mutações, 32 delas localizadas na proteína Spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas e se reproduzir no corpo. O número é quase o dobro da quantidade identificada na variante Delta.