OMS: 12 morreram em 43 ataques contra unidades de saúde na Ucrânia
Ataques deixaram 34 feridos, segundo a organização, que enviará equipes médicas à Ucrânia para ajudar na crise
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, relatou nesta quinta-feira (17/3) que a OMS registrou 43 ataques contra unidades de saúde, com 12 mortos e 34 feridos, na Ucrânia. Adhanom classificou os ataques como uma violação de leis humanitárias internacionais.
“A guerra na Ucrânia está tendo consequências devastadoras para a saúde da população ucraniana, consequências que irão reverberar pelos próximos anos ou décadas”, disse Adhanom.
O diretor-geral afirmou que, para apoiar o sistema de saúde ucraniano, a OMS enviará 20 equipes médicas à Ucrânia e a países próximos que estão recebendo refugiados.
Ele ainda afirmou que o impacto dos conflitos nos serviços de saúde e na entrega de insumos no país representa “risco extremo” para pessoas com doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, HIV e tuberculose, as principais causas de morte na Ucrânia.
O fluxo de pessoas saindo do país e abrigos superlotados e em más condições devido à guerra também devem aumentar o risco de doenças como sarampo, pneumonia e pólio, segundo Adhanom.
“Pedimos que o Conselho de Segurança trabalhe para um cessar-fogo imediato e uma solução política. Conflitos prolongados não são do interesse de ninguém e apenas prolongam o sofrimentos dos mais vulneráveis”, disse. “O remédio para salvar vidas que precisamos agora é a paz.”
Ataques
Enquanto russos e ucranianos não se entendem, os bombardeios continuam. Civis e áreas residenciais voltaram a ser alvejados durante a madrugada.
O país liderado por Volodymyr Zelensky viveu mais uma noite de intensos bombardeios. Um prédio de 16 andares foi atingido por partes de um míssil destruído em Kiev. Uma pessoa teria morrido e três ficaram feridas. Ao todo, 30 moradores foram resgatados do local.
Em 22 dias de guerra na Ucrânia, a Rússia perdeu 7 mil soldados no front. Cerca de 14 mil militares ficaram feridos durante os bombardeios, iniciados em 24 de fevereiro.
Os números são uma estimativa dos órgãos de segurança dos Estados Unidos e foram repercutidos por agências internacionais de notícias nesta quinta-feira.
A Ucrânia informou que abateu, ao todo, 10 alvos russos nas últimas 24 horas. Segundo o comandante-chefe das Forças Armadas do país, Valeriy Zaluzhny, um avião russo Su-25 foi destruído e um caça Su-35, atingido no céu na região de Kiev, capital da Ucrânia.
Acordo de paz
Na manhã desta quinta-feira, russos e ucranianos retomaram, por videoconferência, a reunião que discute os pontos de um possível cessar-fogo. Simultaneamente, o líder russo convocou o gabinete ministerial para uma reunião.
As movimentações político-diplomáticas em torno da guerra na Ucrânia continuam pressionando os governos ao redor do mundo, no 22º dia de conflito. Negociadores da Rússia e da Ucrânia tentam entrar em consenso em três pontos: militares, políticos e humanitários.
Clique aqui e leia a cobertura completa da cobertura da guerra na Ucrânia.
O mundo acompanha com atenção as conversas, que ganharam mais fôlego após a divulgação do que seria um esboço para o acordo de paz.