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OMS: 12 morreram em 43 ataques contra unidades de saúde na Ucrânia

Ataques deixaram 34 feridos, segundo a organização, que enviará equipes médicas à Ucrânia para ajudar na crise

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Teatro em Mariupol, Ucrânia, usado como abrigo para civis foi bombardeado pela Rússia. Na foto, a estrutura do prédio destruída com muita fumaça - Metrópoles
1 de 1 Teatro em Mariupol, Ucrânia, usado como abrigo para civis foi bombardeado pela Rússia. Na foto, a estrutura do prédio destruída com muita fumaça - Metrópoles - Foto: Reprodução/Twitter

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, relatou nesta quinta-feira (17/3) que a OMS registrou 43 ataques contra unidades de saúde, com 12 mortos e 34 feridos, na Ucrânia. Adhanom classificou os ataques como uma violação de leis humanitárias internacionais.

“A guerra na Ucrânia está tendo consequências devastadoras para a saúde da população ucraniana, consequências que irão reverberar pelos próximos anos ou décadas”, disse Adhanom.

O diretor-geral afirmou que, para apoiar o sistema de saúde ucraniano, a OMS enviará 20 equipes médicas à Ucrânia e a países próximos que estão recebendo refugiados.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

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Ele ainda afirmou que o impacto dos conflitos nos serviços de saúde e na entrega de insumos no país representa “risco extremo” para pessoas com doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, HIV e tuberculose, as principais causas de morte na Ucrânia.

O fluxo de pessoas saindo do país e abrigos superlotados e em más condições devido à guerra também devem aumentar o risco de doenças como sarampo, pneumonia e pólio, segundo Adhanom.

“Pedimos que o Conselho de Segurança trabalhe para um cessar-fogo imediato e uma solução política. Conflitos prolongados não são do interesse de ninguém e apenas prolongam o sofrimentos dos mais vulneráveis”, disse. “O remédio para salvar vidas que precisamos agora é a paz.”

Ataques

Enquanto russos e ucranianos não se entendem, os bombardeios continuam. Civis e áreas residenciais voltaram a ser alvejados durante a madrugada.

O país liderado por Volodymyr Zelensky viveu mais uma noite de intensos bombardeios. Um prédio de 16 andares foi atingido por partes de um míssil destruído em Kiev. Uma pessoa teria morrido e três ficaram feridas. Ao todo, 30 moradores foram resgatados do local.

Em 22 dias de guerra na Ucrânia, a Rússia perdeu 7 mil soldados no front. Cerca de 14 mil militares ficaram feridos durante os bombardeios, iniciados em 24 de fevereiro.

Os números são uma estimativa dos órgãos de segurança dos Estados Unidos e foram repercutidos por agências internacionais de notícias nesta quinta-feira.

Ucrânia informou que abateu, ao todo, 10 alvos russos nas últimas 24 horas. Segundo o comandante-chefe das Forças Armadas do país, Valeriy Zaluzhny, um avião russo Su-25 foi destruído e um caça Su-35, atingido no céu na região de Kiev, capital da Ucrânia.

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