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Ômicron: empresas cancelaram 7,3 mil voos entre sexta e domingo

Os dados são da plataforma Flight Aware, que monitora voos em todo o mundo. Só neste domingo já foram canceladas 2.151 operações

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Em foto colorida movimentação de viajantes vindos do exterior no desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida movimentação de viajantes vindos do exterior no desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O número de voos cancelados devido ao avanço da variante Ômicron tem crescido neste fim de ano. Entre sexta-feira (24/12) e a manhã deste domingo (26/12), cerca de 7,3 mil operações foram desmarcadas.

Os dados são da plataforma Flight Aware, que monitora voos em todo o mundo. Somente neste domingo, já foram canceladas 2.151 operações. Do total, 664 são nos Estados Unidos.

No sábado (25/12), 2.857 voos foram suspensos — dos quais 996 tinham rota que passava pelos Estados Unidos. Na sexta-feira (24/12), véspera de Natal, 2.379 operações foram canceladas.

Às vésperas do feriado, as companhias aéreas United Airlines e Delta Air Lines anunciaram uma série de cancelamentos por causa da nova variante do coronavírus.

Em comunicado divulgado no sábado, a Delta Airlines afirmou que, somente no dia 25 de dezembro, 368 voos foram cancelados devido à disseminação da doença. Um dia antes, a companhia já havia desmarcado 158 operações.

“Pedimos desculpas aos clientes pelo atraso em seus planos de viagem de férias. Os funcionários da Delta estão trabalhando juntos, o tempo todo, para redirecionar e substituir aeronaves e tripulações para levar os clientes onde eles precisam estar, o mais rápido e seguro possível”, informou a empresa.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Brasil

No Brasil, de acordo com dados da Infraero, houve 5 voos cancelados na véspera de Natal: quatro da empresa Azul e um da Latam. A primeira companhia negou que a pandemia fosse o motivo para os cancelamentos. Já assessoria da Latam confirmou um cancelamento, e declarou que só foram detectados atrasos em decorrência do alto fluxo de passageiros na data.

Para evitar a entrada de passageiros contaminados com o coronavírus no Brasil, o governo federal editou, na última semana, uma portaria com regras para viajantes, após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado a exigência do comprovante de vacinação, seguindo recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A portaria estabelece a exigência do comprovante de vacinação para quem chegar ao Brasil, a apresentação de teste de diagnóstico negativo, realizado em até 72 horas antes do embarque, além do comprovante, impresso ou em meio eletrônico, do preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

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