Olimpíadas 2024 perde patrocínio após drags em suposta Santa Ceia
O diretor artístico da abertura da Olimpíadas 2024, Thomas Jolly, nega que a encenação tenha sido uma sátira à ceia de Jesus com apóstolos
atualizado
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A empresa C Spire, do ramo de telecomunicações, anunciou, no último sábado (27/7), que não fazia mais parte do grupo de patrocinadores das Olimpíadas 2024, em Paris. A decisão ocorreu depois de uma encenação em tom de sátira da passagem religiosa da Santa Ceia, conhecidíssima também após obra de Leonardo da Vinci.
O ato considerado blasfemo foi realizado por um grupo de drag queens, que decidiu recriar o momento em que Jesus Cristo se reúne com seus apóstolos para fazer a última refeição antes de ele ser preso e crucificado. O caso ocorreu na última sexta-feira (26/7), durante a abertura das Olimpíadas de 2024.
Veja trecho polêmico:
“Ficamos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimônias de abertura das Olimpíadas de Paris. C Spire retirará nossa publicidade das Olimpíadas”, disse a empresa C Spire, no X.
Tate Reeves, governador do estado do Mississipi (EUA), apoiou a decisão da empresa de retirar o apoio do evento esportivo mundial.
“Estou orgulhoso de ver o setor privado no Mississippi se adiantar e colocar o pé down. Deus não será ridicularizado. C Spire traçou uma linha apropriada e de bom senso”, disse o governador, também em uma publicação no X.
Diretor artístico das Olimpíadas 2024 nega sátira
O diretor artístico da abertura dos Jogos Olímpicos, Thomas Jolly, afirmou, em entrevista à emissora de televisão francesa BMF TV, que a apresentação não se tratava de uma sátira a Jesus e sim uma referência a Dionísio, o deus grego do vinho, das festas, do teatro e da alegria.
“A Última Ceia? Essa não foi minha inspiração. Dionísio chega a essa mesa. Ele está lá, por quê? Porque ele é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa ligada ao rio. A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”, afirmou.