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Oligarca russo morre ao cair de janela de hospital em Moscou

Ravil Maganov, de 67 anos, trabalhava na Lukoil desde 1993. Outros magnatas morreram em circunstâncias suspeitas na Rússia

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Lukoil/Divulgação
Magnata russo morre em Moscou
1 de 1 Magnata russo morre em Moscou - Foto: Lukoil/Divulgação

O presidente da companhia petrolífera russa Lukoil, Ravil Maganov, morreu nesta quinta-feira (1º/9) após cair de uma janela de um hospital em Moscou. A informação foi repassada à agência de notícias Reuters por um familiar.

A morte também foi noticiada pela imprensa russa, mas sem causa revelada. A Lukoil ainda não emitiu nota sobre o caso.

Maganov integrava os quadros da Lukoil desde 1993, assim que a empresa foi criada. Antes de se tornar presidente da companhia, ele supervisionou refino, produção e exploração de petróleo.

Sete oligarcas russos, sobretudo ligados à indústria de petróleo e gás, morreram recentemente em circunstâncias suspeitas. As autoridades as classificam como suicídio, de acordo com levantamento da Deutsche Welle, site parceiro do Metrópoles.

Em 19 de abril, por exemplo, o milionário Sergei Protosenya foi encontrado morto na residência dele, em Lloret de Mar (Espanha). Sua mulher morreu depois de ser esfaqueada.

Já o oligarca Vladislav Avayev foi encontrado morto no seu apartamento de luxo em Moscovo, juntamente com a sua esposa e filha de 13 anos.

No final de janeiro, um mês antes de as tropas russas invadirem a Ucrânia, Leonid Schulman, um executivo de topo da Gazprom, também morreu em circunstâncias classificadas como suicídio.

De forma semelhante, em 24 de março, o bilionário Vasily Melnikov, executivo da gigante empresa de equipamentos médicos MedStom, foi encontrado morto ao lado da esposa, Galina, e dos dois filhos menores, no seu apartamento na cidade russa de Ninzhni Novgorod.

As misteriosas mortes de sete russos super-ricos em apenas três meses geraram especulações. Vários meios de comunicação supuseram que os suicídios poderiam ter sido forjados. Alguns deles chegaram ao ponto de sugerir que o Kremlin, ou mesmo o próprio Vladimir Putin, poderiam estar envolvidos de alguma forma.

Nos últimos anos, ocorreram várias tentativas de assassinato de críticos ao Kremlin. Em agosto de 2020, o líder da oposição Alexei Navalny foi envenenado com o agente Novichok enquanto estava no aeroporto de Tomsk. Dois anos antes, Serguei Skripal, ex-chefe da agência de inteligência russa GRU, havia sido envenenado de forma semelhante. Tanto Navalny quanto Skripal sobreviveram.

Em 2006, Alexander Litvinenko, um ex-oficial de segurança russo que desertou para o Reino Unido, foi fatalmente envenenado com polônio radioativo em Londres. Em 2017, o jornal americano USA Today publicou os resultados de uma investigação que afirma que pelo menos 38 oligarcas morreram ou desapareceram ao longo de três anos.

Críticas à invasão

O que chama a atenção nos casos de 2022 é que nenhum dos oligarcas mortos era conhecido por ter feito comentários públicos críticos sobre a invasão da Ucrânia. Ao mesmo tempo, nenhum deles estava nas listas de sanções internacionais elaboradas após a invasão.

Um texto publicado recentemente nas mídias sociais pelo Warsaw Institut, um think tank polonês especializado em Rússia e política de segurança, afirmou que tanto a polícia russa quanto os serviços de segurança da Gazprom iniciaram investigações nos locais das mortes ocorridas na Rússia. “Possivelmente algumas pessoas ligadas ao Kremlin estão agora tentando encobrir vestígios de fraude em empresas estatais”, afirma o instituto.

Com informações da Deutsche Welle

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