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Oito países proíbem voos do Reino Unido para conter Covid-19

Anúncio foi feito após avanço de variante da doença. Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Irlanda, França, Áustria e Israel aderiram medida

atualizado

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Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Irlanda, França, Áustria e Israel decidiram proibir voos procedentes do Reino Unido a partir deste domingo (20/12) em uma tentativa de garantir que uma nova cepa de coronavírus que está se alastrando pelo sul da Inglaterra não alcance suas costas. A Holanda acrescentou ainda que, no início de dezembro, a amostragem de um caso no país revelou a mesma cepa de vírus encontrada no Reino Unido. Além dos três países, Alemanha, França e Espanha também estudam adotar medidas semelhantes.

A proibição de viagens na Holanda permanecerá em vigor até 1º de janeiro, disse o governo em um comunicado no início do domingo, acrescentando que está monitorando os desenvolvimentos e considerando medidas adicionais relacionadas a outros meios de transporte.

Em medidas para controlar a propagação do vírus, o governo emitiu um aviso “não viaje”, a menos que seja absolutamente necessário. A proibição veio depois que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e cientistas anunciaram no sábado (19/12) que a nova cepa de coronavírus identificada no país é até 70% mais transmissível do que as cepas existentes.

“Não há evidências que sugiram que seja mais letal ou cause doenças mais graves”, enfatizou o primeiro-ministro, ou que “as vacinas sejam menos eficazes contra ele.”

Johnson também disse que Londres e o sudeste da Inglaterra, que estão atualmente no nível mais alto de um sistema de regras de três camadas, agora serão colocados em um novo nível 4, com o encerramento de lojas não essenciais, ginásios, cabeleireiros, bem como a proibição de deslocação para outras zonas do país.

O governo holandês disse que avalia com outras nações da União Europeia a possibilidade de conter a importação do vírus do Reino Unido.

Aderindo à decisão, a Bélgica também decidiu proibir voos do Reino Unido, assim como conexões ferroviárias em uma tentativa de garantir que a nova cepa de coronavírus que está varrendo o sul da Inglaterra não se espalhe em seu território.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, disse neste domingo que estava emitindo a ordem de 24 horas a partir da meia-noite, por precaução. “Há muitas perguntas sobre esta nova mutação e se ela já não está no continente”, disse. Ele espera ter mais clareza a partir de terça-feira (22/12).

Além dos dois países, a Alemanha também deve anunciar a suspensão voos vindos do Reino Unido e da África do sul.

O país está estudando seriamente a suspensão de voos do Reino Unido e da África do Sul após a descoberta de uma variante da covid-19 nesses países.

“Restringir o tráfego aéreo do Reino Unido e da África do Sul é uma opção séria” que o governo está estudando, disse uma fonte próxima ao Ministério da Saúde. Se esta medida fosse implementada, Berlim seguiria o exemplo da Holanda, que suspendeu todos os voos de passageiros do Reino Unido por esse motivo, assim como a Bélgica.

O ministro da saúde britânico, Matt Hancock, sugeriu neste domingo que as novas restrições adotadas nessas regiões poderiam permanecer por algum tempo, dizendo que uma nova variante do coronavírus que surgiu é muito difícil de controlar. “Nós realmente precisamos colocar isso sob controle. Temos um longo caminho a percorrer para resolver isso.”

A partir deste domingo, mais de 20 milhões de pessoas vão permanecer confinadas na Inglaterra, quando medidas restritivas entraram em vigor devido ao aumento alarmante de casos de covid-19, que o governo britânico relaciona a uma nova variante do vírus.

Com estas regras, os planos flexíveis que o governo tinha autorizado entre os dias 22 e 28 de dezembro também foram alterados para que familiares e amigos pudessem se reunir no Natal. Aqueles que vivem em áreas de nível 4 não poderão se juntar a outras pessoas que moram em níveis inferiores.

As regras estabelecidas na Inglaterra terão duração de duas semanas e serão revistas no dia 30 de dezembro.

A Grã-Bretanha alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) que a nova variante identificada esta semana parece estar acelerando a disseminação da covid-19, dizendo que ele responde por cerca de 60% dos casos da capital.

Os vírus sofrem mutações regularmente, e os cientistas descobriram milhares de mutações diferentes entre as amostras do vírus que causa a doença. Mas muitas dessas mudanças não afetam a facilidade com que o vírus se espalha ou a gravidade dos sintomas.

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