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Ofensiva de Israel na Cisjordânia deixa pelo menos 8 mortos e dezenas de feridos

Forças de Israel atacaram campo de refugiados em Jenin, em operações terrestres e aéreas, que incluíram ataque de mísseis

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Ayman Nobani/dpa (Photo by Ayman Nobani/picture alliance via Getty Images
Imagem colorida mostra Paramédicos transportam um homem palestino para o hospital após ser ferido durante confrontos durante uma operação militar de Israel em Jenin - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Paramédicos transportam um homem palestino para o hospital após ser ferido durante confrontos durante uma operação militar de Israel em Jenin - Metrópoles - Foto: Ayman Nobani/dpa (Photo by Ayman Nobani/picture alliance via Getty Images

Em uma das maiores operações militares nos últimos anos, Israel iniciou uma grande ofensiva aérea e terrestre na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia. Pelo menos oito palestinos foram mortos, de acordo com autoridades do território ocupado, enquanto as Forças de Defesa de Israel disseram ter como alvo um importante centro de comando do grupo militante Brigadas de Jenin no campo de refugiados do local.

O número de mortos provavelmente vai aumentar, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Em princípio, sete mortes foram confirmadas nos primeiros ataques. A pasta deu o nome de quatro pessoas, todas com marcas de bala no peito e na cabeça, segundo a pasta: Sameeh Abu al-Wafa, Hussam Abu Theeba, Aws al-Hanoun e Nour el-Din Marshoud

Um oitavo palestino, Mohammad Hasanein, de 21 anos, morreu na entrada norte da cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, após ser alvejado pelo exército israelense.

De acordo com a rede Al Jazeera, moradores disseram que Israel lançou pelo menos 10 ataques aéreos em Jenin durante a segunda-feira (3/7). Um comboio de veículos blindados israelenses também cercou o campo de refugiados e lançou uma operação militar terrestre. O exército israelense também impôs um cerco ao acampamento com tratores fechando todas as entradas de Jenin.

O chefe do escritório da Al Jazeera em Jerusalém, Walid al-Omari, disse que “cerca de 150 veículos blindados e cerca de 1.000 soldados das forças especiais de elite e militares, bem como inteligência geral, polícia e polícia de fronteira” participaram da operação. A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino pediu urgentemente uma “passagem segura para evacuar os feridos e feridos”.

“As coisas estão sob controle no momento, mas há medo de um aumento no número de feridos. Estamos em contato com outros hospitais dentro e fora de Jenin para fornecer mais UTI e salas de cirurgia”, afirmou o chefe de cirurgia do hospital Ibn Sina em Jenin, Tawfeeq al-Shobaki.

“Conforme o planejado”

Por outro lado, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, garantiu que a operação do exército na cidade de Jenin, na Cisjordânia, “está progredindo conforme o planejado”. “Nas últimas horas, demos um duro golpe nas organizações terroristas em Jenin e conseguimos registrar conquistas operacionais impressionantes”, disse Gallant.

Segundo Gallant, as tropas “receberão total apoio para fazer o que for necessário e para operar no solo e no ar, a fim de proteger os cidadãos de Israel e preservar a total liberdade de ação em toda [a Cisjordânia]”.

Mensagem da embaixada

Em comunicado enviado ao Metrópoles, a embaixada de Israel explicou que a operação foi direcionada à “infraestrutura terrorista e agentes do terrorismo que lá se instalaram”.

“A operação antiterrorista é resultado de informações de inteligência que revelaram o uso de um prédio em Jenin – próximo de escolas e de instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados – como centro de comando operacional conjunto para o Campo de Jenin e para as operações da ‘Brigada de Jenin’, célula terrorista local da Jihad Islâmica”.

De acordo com a nota, Jenin é líder em número de atentados contra israelenses, em comparação a outras cidades da Judeia e da Samaria. “Ao todo, entre desde março de 2022, 15 cidadãos israelenses foram mortos por ataques advindos da área, além de vários feridos por incontáveis pequenos incidentes terroristas. Muitas das tentativas de atentados poderiam ter levado à mais perdas humanas se não houvessem sido frustrados pela inteligência israelense”, justifica o governo israelense.

“Israel condena veementemente o terrorismo palestino e a deliberada posição da AP [Autoridade Palestina] em ignorar o incitamento – e especialmente as expressões de apoio dos oficiais da AP aos ataques e os pagamentos que a AP faz às famílias de Palestinos mortos, feridos ou presos enquanto executavam violência politicamente motivada contra Israel. A AP deve ser pressionada para que cumpra seu papel de acalmar a área, impedir ataques terroristas e prevenir incitações e desinformações, exigir que os palestinos erradiquem a violência e incitação entre si e se abstenham de medidas que desestabilizem a área”.

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