OEA critica Trump e diz não ter encontrado falhas graves na eleição dos EUA
Republicano vem travando uma batalha judicial para interromper as apurações de votos em diversos estados
atualizado
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A Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou nesta sexta-feira (6/11) um relatório preliminar sobre as eleições nos Estados Unidos e criticou, sem citar o nome, a postura do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, que vem travando uma batalha judicial para interromper as apurações de votos em diversos estados.
No relatório, a missão diz não ter “observado diretamente nenhuma irregularidade grave que ponha em causa os resultados até agora”, mas que “apoia o direito de todos os partidos buscarem reparação perante as autoridades judiciárias competentes quando acreditarem que foram injustiçados” – desde que “com responsabilidade”.
“É crítico, no entanto, que os candidatos ajam com responsabilidade, apresentando e argumentando reivindicações legítimas perante os tribunais, não com especulação infundada ou prejudicial na mídia pública”, diz o relatório.
O relatório destaca que, apesar da falta de informações suficientes sobre os resultados das eleições, os dois candidatos fizeram declarações, mas “o republicano questionou a integridade do processo eleitoral, expressando a opinião de que o processo foi uma fraude para o público americano”.
Trump tem feito sucessivos discursos com alegações, sem provas, e chamou de “ilegais” os votos pelo correio dados ao rival, o candidato democrata Joe Biden. Nessa quinta-feira (5/11), o republicano foi cortado pelas principais televisões do país ao tentar novamente colocar em descrédito as eleições.
“A intimidação de eleitores e demais atores do processo eleitoral também foi uma questão de preocupação significativa”, pontua o relatório.
Leia a íntegra do relatório:
Preliminary Report of the OAS EOM USA 2020 by Lourenço Flores on Scribd