Ocidente promete enviar nova leva de armas militares para a Ucrânia
O conselheiro do presidente da Ucrânia afirma que os tanques são a “chave para acabar com a guerra” e é a hora de parar de tremer Putin
atualizado
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Em reunião realizada nesta quinta-feira (19/1), ministros da Defesa da Estônia, Reino Unido, Polônia, Letônia e Lituânia junto com os representantes da Dinamarca, República Tcheca, Holanda e Eslováquia reafirmaram apoio à Ucrânia “contra a agressão russa ilegal”. Eles decidiram enviar um nova leva de armamento militar e oferecer investimento monetário para dar fim à guerra que assola o país a quase um ano.
O conselheiro do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse que o país precisa no momento de tanques. “Tanques – a chave para acabar com a guerra corretamente”, escreveu. Para ele, agora é a “hora de parar de tremer [o presidente Vladimir] Putin e dar o passo final.”
True leadership is about leading by example, not about looking up to others. There are no taboos. From Washington to London, from Paris to Warsaw, one thing is said: 🇺🇦 needs tanks; tanks — the key to end war properly. Time to stop trembling at Putin and take the final step.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) January 19, 2023
A defesa britânica enviará 600 mísseis Brimstone, tanques Challenger 2, canhões autopropulsados AS90 e centenas de veículos blindados. Além disso, os britânicos pretendem treinar 20 mil soldados ucranianos. O Reino Unido também coordena um Fundo Internacional para a Ucrânia, que, até o momento, levantou quase £ 600 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões).
Já a Dinamarca deve continuar oferecendo apoio militar “de acordo com as necessidades ucranianas”. Nos próximos dias, o país deve doar 19 obuses Caesar, de fabricação francesa, à Ucrânia. Já a Suécia prometeu enviar o sistema de artilharia Archer, um moderno obus móvel solicitado por Kyiv há meses.
Saiba qual é o novo pacote de armas enviados à Ucrânia:
Os tchecos continuarão enviando material militar. Em comunicado oficial, afirmam que pretendem aumentar a capacidade de produção armamentista, especialmente na produção de munição de grande calibre.
Em 2023, a Letrônia pretende treinar cerca de 2 mil soldados ucranianos. Além de enviar reforços de defesa aérea, como o sistema Stinger e dois helicópteros M-17. O novo pacote polonês consiste em armas antiaéreas S-60 com 70 mil peças de munição. A Polônia também deve doar uma companhia de tanques Leopard com mil munições.
A Lituânia enviará dezenas de canhões antiaéreos L-70 com dezenas de milhares de munições e dois helicópteros Mi-8. O país depositará 2 milhões de euros, cerca de R$ 11 milhões, no Fundo Internacional coordenado pelo Reino Unido.
O governo estoniano enviará dezenas de obuses de 155 mm FH-70 e 122 mm D-30, milhares de cartuchos de munição de artilharia de 155 mm, veículos de apoio para unidades de artilharia, centenas de lançadores de granadas antitanque Carl-Gustaf M2.
Além de continuar fornecendo armamento militar, a Eslováquia assumirá o papel de “negociante” com outros aliados para enxergar as possibilidades de mais equipamentos para doações à Ucrânia.