Observador dos EUA declara que eleição na Venezuela não é democrática
Nicolás Maduro foi declarado presidente da Venezuela, mas observador dos EUA disse que eleição não atendeu “padrões internacionais”
atualizado
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A entidade sem fins lucrativos Centro Carter, observador internacional de eleições, informou que a votação de 2024 na Venezuela não atendeu “aos padrões internacionais de integridade eleitoral” e que não pode ser considerada democrática.
As eleições de domingo (28/7) resultaram na reeleição de Nicolás Maduro e geraram revolta entre o público.
O Centro Carter destacou que a autoridade eleitoral da Venezuela “não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral em nenhuma de suas fases” e que “violou diversas disposições de suas próprias leis”.
A entidade acompanhou como observador da eleição realizada no domingo (29/8).
“A eleição ocorreu em um ambiente de liberdades restritas para atores políticos, organizações da sociedade civil e a mídia. Ao longo do processo eleitoral, o CNE demonstrou um claro viés em favor do titular”, informou em nota.
Observador enviou 17 representantes
O órgão enviou 17 observadores para acompanhar as eleições na Venezuela e já havia monitorado 124 eleições em 43 países.
A entidade destacou diversos problemas, incluindo: o registro de eleitores prejudicado por prazos curtos; requisitos excessivos para que cidadãos no exterior possam votar; condições desiguais entre os candidatos; tentativas de restringir a campanha da oposição; e a falta de transparência do CNE no anúncio dos resultados.
A tensão popular que tomou conta da Venezuela, após a proclamação da suposta vitória de Nicolás Maduro nas eleições de domingo (28/7), já gerou centenas de prisões, mortes e confrontos em diferentes regiões do país. Diante do quadro, Maduro anunciou que as Forças Armadas estarão nas ruas a partir desta quarta-feira (31/7).