Obama e Trump divergem sobre futuro da prisão de Guantánamo
Atualmente, o presídio localizado em Cuba conta com 59 detentos
atualizado
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, divergiu sobre o destino que o atual governo de Barack Obama pretende aos detentos prisão de Guantánamo, no mais novo embate entre as duas gestões.
Em mensagens publicadas no Twitter, o republicano afirmou que prisioneiros não deveriam mais ser transferidos da prisão em Cuba, ainda que a Casa Branca pretenda mover 23 dos 59 detentos ali.
“Não deve haver novos detentos liberados de Guantánamo. Estas pessoas são extremamente perigosas e não devem ser permitidas a voltar ao campo de batalha”, disse.
There should be no further releases from Gitmo. These are extremely dangerous people and should not be allowed back onto the battlefield.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 3 de janeiro de 2017
Em resposta, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que Obama gostaria de agir para reduzir a população encarcerada na prisão. “Eu gostaria de ver novas transferências”, disse. “Ele terá a oportunidade de implementar a política que acredita ser a mais efetiva quando assumir, em 20 de novembro”.
Transferência
O governo Obama planejou as transferências para reduzir o número de presos para aproximadamente 40. Desde os ataques de 11 de setembro, a prisão recebeu mais de 800 pessoas. 532 foram liberadas ainda sob a gestão de George W. Bush, enquanto outras quase 200 foram soltas por Obama.
No início de 2016, Obama submeteu um plano ao Congresso para reduzir a capacidade do local, que foi rejeitado pelos republicanos.
“Gastar milhões de dólares, ano após ano, para manter menos de 60 homens em um complexo em Cuba não é consistente com nossos interesses como uma nação e prejudica nossa posição frente ao mundo”, disse em dezembro.