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O que se sabe sobre o acordo de trégua entre Israel e Hamas

Quantos reféns foram liberados, o que vai acontecer quando acabar o acordo, como a trégua foi alcançada: veja respostas para essas questões

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Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
Imagem colorida mostra Moradores realizam esforços de busca e resgate após um ataque israelense: Hamas e Israel fizeram acordo de trégua - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Moradores realizam esforços de busca e resgate após um ataque israelense: Hamas e Israel fizeram acordo de trégua - Metrópoles - Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Na madrugada desta quarta-feira (22/11), ainda noite no horário de Brasília, Israel e o grupo extremista Hamas entraram em acordo de cessar-fogo temporário. Foi o primeiro desde o dia 7 de outubro, quando começou o conflito no Oriente Médio.

O acordo prevê que, em troca da libertação de parte dos reféns capturados em Israel, o governo israelense liberte prisioneiros palestinos e promova pausa humanitária na Faixa de Gaza. As tratativas contaram com a mediação do Catar e o apoio dos Estados Unidos.

Confira alguns pontos sobre o acordo da trégua.

O que está no acordo?

Serão quatro dias de cessar-fogo, observadores com a mediação do Catar e o apoio dos EUA. Durante esse período, 50 mulheres e crianças mantidas reféns pelo Hamas desde o dia 7 de outubro serão libertadas. Segundo os EUA, há três norte-americanos no grupo, inclusive uma menina de 4 anos. A saída dessas pessoas deve acontecer até a quinta-feira (23/11).

Já Israel vai soltar 150 prisioneiros palestinos, entre mulheres e menores de idade. O cessar-fogo pode ser prorrogado por mais um dia a cada 10 reféns israelenses liberados.

Também está liberada a entrada de centenas de caminhões de ajuda na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito, em Rafah. Eles podem entrar com comida, medicamentos e combustível, entre outros materiais.

Não haverá ataque aéreo por parte de Israel no sul de Gaza, mas as ofensivas estão liberadas no norte do território durante seis horas por dia. Os israelenses se comprometeram a não entrar com veículos militares em Gaza durante o cessar-fogo. Prometeram ainda que não vão efetuar prisões no decorrer desse período.

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Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense
Recém-nascidos são removidos do Hospital Al-Shifa, ocupado por forças israelenses
Operação de Israel em território da Faixa de Gaza
Migração de palestinos acontece por causa de bombardeios e ataques israelenses ao norte de Gaza
Palestinos em Gaza, que estão expostos ao intenso bombardeio israelense, migram para as partes sul e central
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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense

Christopher Furlong/Getty Images
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Recém-nascidos são removidos do Hospital Al-Shifa, ocupado por forças israelenses

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Operação de Israel em território da Faixa de Gaza

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Migração de palestinos acontece por causa de bombardeios e ataques israelenses ao norte de Gaza

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Palestinos em Gaza, que estão expostos ao intenso bombardeio israelense, migram para as partes sul e central

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O ataque terrorista do Hamas a Israel foi o atentado com o maior número de vítimas em 2023

Mohammed Asad/Anadolu Agency/Getty Images
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Milicianos mascarados do Hamas carregam suas armas durante o funeral de quatro jovens mortos pelo exército israelense em um ataque à cidade de Tulkarm

srael Fuguemann/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, visita soldados israelenses enquanto inspeciona a região onde os soldados estão posicionados nos assentamentos de Be'eri e Kfar Aza, no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza, em 14 de outubro de 2023

Assessoria de Imprensa do Governo de Israel/ Anadolu via Getty Images
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Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Reprodução/Redes sociais

Os números da guerra

O confronto entre Israel e Hamas dura seis semanas.

De acordo com as autoridades de Gaza, 14.128 palestinos morreram. Pelo lado de Israel, foram mais de 1.200 pessoas, a maior parte durante os ataques do Hamas em 7 de outubro.

Por que o acordo foi feito?

Israel, e especialmente o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se encontra sob severa pressão interna e externa.

Internamente, além dos questionamentos sobre a falta de ação do governo nos ataques de 7 de outubro, a população e a oposição cobram a libertação dos reféns feitos pelo Hamas. As famílias dos presos vêm fazendo muito barulho por causa disso, inclusive se reunindo com autoridades israelenses.

Externamente, a péssima situação humanitária vivida pelos palestinos em Gaza é questionada o tempo todo por governos, como o do Brasil, e entidades no mundo inteiro, como a ONU. Tanto os bombardeios quanto os ataques aéreos têm feito muitas vítimas civis.

Imagens de mulheres e crianças mortas, de destruição de residências e de invasão a hospitais fizeram com que pesquisas de opinião pelo planeta mostrassem questionamentos em relação às ações israelenses.

Depois do acordo, a guerra acaba?

Não. Na verdade, Israel espera que o Hamas aproveite o cessar-fogo para se reorganizar. Além disso, os israelenses acreditam que fizeram grandes avanços, principalmente no norte de Gaza, e não querem parar com isso até que o Hamas seja dizimado.

O próprio Netanyahu afirmou que a guerra continua: “Não vamos parar depois do cessar-fogo”.

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