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O que são os “swing states” tão decisivos para as eleições dos EUA?

Os chamados estados-pêndulos são aqueles que por não serem tradicionalmente democratas e nem republicanos flutam de partido a cada eleição

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Existem diversos elementos diferentes no sistema eleitoral dos Estados Unidos em comparação com o do Brasil. Um deles são os chamados “swing states” (estados-pêndulo), que são aqueles que não têm um partido definido, ou seja, eles variam de eleição para eleição e, por isso, são os principais alvos dos candidatos.

O pesquisador e doutorando em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas e especialista em EUA Emanuel Assis Aleixo de Franco explica que os “os swing states, em tradução livre, são estados-pêndulos. Ou seja, ora eles vão para um lado votando no candidato do Partido Democrata, ora vão para o outro lado votando no candidato do Partido Republicano. Isso é importante porque os estados nos Estados Unidos têm uma tradição histórica de manter a base ideológica do seu voto”.

O especialista destaca que, nos Estados Unidos, a margem de flutuação de Nova York e Texas é pequena.

“São estados que historicamente, ou sempre, ou quase sempre, votam no candidato do Partido Democrata ou no candidato do Partido Republicano. Um exemplo, a Califórnia e Nova York são estados que historicamente têm uma tendência de sempre votar no candidato ou na candidata do Partido Democrata. Já o Texas e a Flórida têm a tradição de votarem nos candidatos presidenciais do Partido Republicano. E os swing states vão romper com essa lógica”, explica Emanuel Assis.

 

Os swing states, devido à flexibilidade, acabam sendo os responsáveis por definir o resultado das eleições dos EUA.

“São estados que são mais disputáveis, vamos dizer assim. São estados onde, de fato, a corrida acontece. Esse ano, por exemplo, são seis “swing states”, Michigan, Wisconsin, Pensilvânia, Nevada, Arizona e Georgia. São seis estados em que a corrida está bem acirrada e que os candidatos, a Kamala e o Trump, estão disputando”, explica o pesquisador.

Nesse ano o número de estados considerados “swing states” são seis, pois o número pode flutuar de eleição para eleição.

“É uma mudança que às vezes acontece de um estado entrar como swing state, se comportar por um tempo como swing state, depois ele se consolida dentro de uma base eleitoral democrata ou republicana. Ou um estado que não era um swing state, que era um estado consolidado, começar a se comportar como swing state, então começar a variar o seu voto ideológico. Mas, normalmente, a estrutura ideológica dos estados tende a se manter. Em algumas eleições essas alterações acontecem, por isso que eu falei que este ano são seis swing states, mas teve eleições em que eram 13 swing states e teve outras eleições que eram só três.”

O pesquisador explica que “há uma pequena variação ao longo dos anos na corrida eleitoral norte-americana e isso vai muito de acordo também com a demografia do estado. Então pode ser que em um certo período histórico haja um eleitorado mais jovem e democrata, mas depois de um tempo o eleitorado já é um eleitorado mais branco, classe média republicana, vai depender muito das mudanças que vão ocorrer demograficamente dentro do estado. Porém, não são todos os quatro anos, de quatro em quatro anos isso muda radicalmente, não”.

Esses estados tornam-se os mais importantes das eleições, “porque nos estados onde se tem essa tradição de sempre votar no candidato republicano ou sempre votar no candidato democrata os resultados meio que já estão dados, as pesquisas já mostram isso. Os partidos não vão gastar o seu capital político, o seu capital de campanha, o seu dinheiro e os seus esforços em estados onde eles sempre ganharam, onde eles sabem que os resultados não vão mudar a favor do outro candidato”.

“No final do jogo, os estados-pêndulos vão ser os fiéis da balança, ainda mais em uma eleição tão polarizada e tão disputada e acirrada como a que está sendo esse ano” conclui Emanuel Assis.

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