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Número de refugiados ucranianos chega a 2,5 milhões, diz ONU

Maior parte dos refugiados está na Polônia. Além disso, há aproximadamente 2 milhões de pessoas deslocadas dentro da Ucrânia

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Refugiados da Ucrânia chegam em campo na fronteira após fugirem da guerra em seu país em Przemysl, Polônia - Metrópoles
1 de 1 Refugiados da Ucrânia chegam em campo na fronteira após fugirem da guerra em seu país em Przemysl, Polônia - Metrópoles - Foto: GettyImages

O número de refugiados ucranianos que deixaram o país para fugir da guerra chegou a 2,5 milhões nesta sexta-feira (11/3). Os dados foram divulgados pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A informação também foi compartilhada por Fillippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas. De acordo com o gestor, além dos refugiados, há aproximadamente 2 milhões de pessoas deslocadas dentro da Ucrânia.

“O número de refugiados da Ucrânia – tragicamente – atingiu hoje 2,5 milhões. Também estimamos que cerca de dois milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Ucrânia. Milhões forçados a deixar suas casas por esta guerra sem sentido”, escreveu Grandi em uma rede social.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Dados da Acnur apontam que a maior parte dos refugiados, 1,5 milhão de pessoas, está na Polônia. Além disso, cerca de 282 mil ucranianos estão espalhados por outros países da Europa.

A agência mostra que 225 mil ucranianos foram para a Hungria; 176 mil para a Eslováquia; 105 mil para a Rússia; 104 mil para a Moldova; 84 mil para a Romênia; e 858 para Belarus.

Veja a lista dos países mais procurados pelos ucranianos, segundo a ONU:

Lista dos países mais procurados por refugiados ucranianos, segundo a ONU
Lista dos países mais procurados por refugiados ucranianos, segundo a ONU

A Acnur também mostra a evolução da saída de ucranianos do país desde o início da guerra com a Rússia. No primeiro dia de conflitos armados, 24 de fevereiro, aproximadamente 85 mil pessoas deixaram a Ucrânia.

O número foi aumentando e atingiu o pico na segunda-feira (7/3), quando 206 mil pessoas saíram do território ucraniano. Desde o início de março, 1,9 milhão de pessoas deixaram o país liderado por Volodymyr Zelensky.

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