Número de mortos no Irã por novo coronavírus sobe para 54
O vírus já infectou mais de 86 mil pessoas em todo o mundo e causou mais de 2,9 mil mortes desde o surgimento, na China
atualizado
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Irã divulgou neste domingo (01/03/2020) dados atualizados de infectados e mortos pelo novo coronavírus em todo o país, elevando o número de vítimas para 54, enquanto o número de casos confirmados subiu mais de 60%, para 978 pessoas.
O vírus já infectou mais de 86 mil pessoas em todo o mundo e causou mais de 2,9 mil mortes desde o surgimento, na China. O Irã tem o maior número de mortos no mundo fora do território chinês.
Os novos números representam mais 11 mortes do que as relatadas nesse sábado (29/02/2020) e 385 novos casos de infecções. Os novos números reduzem a porcentagem de mortes por infecções para cerca de 5,5% Ainda assim, é um porcentual muito maior do que o observado em outros países, sugerindo que o número de infecções pode ser muito maior do que os números atuais mostram.
O porta-voz do ministério da Saúde iraniano, Kianoush Jahanpour, disse que o número de casos “ainda está inclinado” no Irã. O Irã informou que está se preparando para a possibilidade de “dezenas de milhares” de pessoas serem testadas para o vírus.
Dos 385 casos confirmados recentemente, 170 estão em Teerã, onde escolas e cinemas permaneceram fechados pela segunda semana. Os ônibus públicos e o metrô ainda estão em operação, mas estão sendo desinfetados diariamente.
Jahanpour disse que também foram identificados novos casos em várias outras cidades, incluindo Mashhad, que abriga o santuário xiita mais importante do Irã, atraindo peregrinos de toda a região. Os pedidos do governo civil iraniano a clérigos para fechar esses santuários não foram atendidos uniformemente. O santuário em Mashhad está entre os que permaneceu aberto.
A doença, conhecida como COVID-19, também infectou pelo menos sete funcionários do governo no Irã, incluindo um de seus vice-presidentes e um alto funcionário do Ministério da Saúde.
Dos mais de 1.100 casos no Oriente Médio, a maioria tem origem em território islâmico. Casos foram relatados no Kuwait, Bahrein, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Líbano, Afeganistão, Iraque e Paquistão.