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Número de mortes em terremoto no Marrocos se aproxima de 3 mil

Abalo também foi sentido na vizinha Argélia e até em Portugal. Mais de 2.500 pessoas ficaram feridas

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Khadija Benabbou/picture alliance via Getty Images
Foto colorida de dois homens e um carro soterrado após terromoto no Marrocos
1 de 1 Foto colorida de dois homens e um carro soterrado após terromoto no Marrocos - Foto: Khadija Benabbou/picture alliance via Getty Images

Ao menos 2.862 pessoas morreram e outras mais de 2.500 ficaram feridas em consequência de um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter ocorrido no Marrocos na noite de sexta-feira (8/9), com epicentro registrado na cidade de Ighil, a cerca de 70 quilômetros a sudoeste da cidade turística de Marrakech.

Os números, atualizados nesta segunda-feira (11/9), são do Ministério do Interior. Trata-se do mais intenso abalo sísmico em 120 anos da história do país do norte africano, e o saldo total de mortos e feridos deve aumentar à medida em que equipes de resgate avançam sobre regiões mais remotas nas áreas montanhosas do país.

Foram registradas mortes nas províncias e cidades de Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.

O terremoto também foi sentido nas cidades costeiras de Rabat, Casablanca e Essaouira, assim como em outros países: Argélia, Espanha e até em Portugal. Nas redes sociais, os marroquinos compartilharam várias fotos e vídeos mostrando prédios danificados e desabados, alguns com pessoas feridas ou aparentemente mortas sob escombros.

Vários edifícios no centro histórico de Marrakech, Patrimônio Mundial da Unesco, foram danificados pelo terremoto.

De acordo com um boletim de alerta emitido pelo Instituto Nacional de Geofísica do Marrocos, o terremoto de magnitude 6,8 atingiu a região de Marrakesh, no norte do país, às 23h11 (horário local).

Testemunhas relataram à agência de notícias EFE que o terremoto foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 km do epicentro, bem como em Casablanca e a capital, Rabat, a 300 quilômetros e 370 quilômetros de distância, respectivamente, onde os moradores foram às ruas para evitar os efeitos de possíveis réplicas.

O rei Mohammed 6º declarou três dias de luto nacional.

Em 2004, um terremoto no nordeste de Marrocos matou pelo menos 628 pessoas e feriu 926. Em 1980, um terremoto de magnitude 7,3 sacudiu a vizinha Argélia, matando 2.500 pessoas.

UE e ONU oferecem ajuda

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou em comunicado divulgado neste sábado que o centro de resposta a emergências da UE monitora de perto a situação e está pronto para ajudar.

Um porta-voz da ONU disse que “as Nações Unidas estão prontas paraajudar o governo de Marrocos nos seus esforços para socorrer o população impactada.”

O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, expressou suas condolências ao povo do Marrocos em sua conta no X (antigo Twitter). “Estas são más notícias do Marrocos”, disse o político. “Nestas horas difíceis, os nossos pensamentos estão com as vítimas do devastador terremoto.”

“Estamos todos devastados”

Toda a minha solidariedade e apoio ao povo do Marrocos face ao terrível terremoto registrado nesta manhã. A Espanha está com as vítimas desta tragédia e com as suas famílias”, escreveu também no X o premiê espanhol, Pedro Sánchez.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse numa publicação nas redes sociais: “Estamos todos devastados após o terrível terremoto no Marrocos. A França está pronta para ajudar com os primeiros socorros”.

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou as suas condolências, enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também expressou solidariedade. “Apoiamos os nossos irmãos e irmãs marroquinos com todos os nossos recursos neste dia difícil”, afirmou Erdogan nas redes sociais.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que neste fim de semana é anfitrião da cúpula do G20, diz estar “extremamente sentido com a perda de vidas” no Marrocos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirma ter “instruído todos os órgãos e forças governamentais a prestarem qualquer assistência necessária ao povo do Marrocos, incluindo os preparativos para o envio de uma delegação de ajuda à região”.

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