Nova Zelândia: senador australiano culpa muçulmanos ao comentar ataque
“Alguém ainda duvida da ligação entre a imigração muçulmana e a violência?”, publicou Fraser Anning em seu perfil no Twitter
atualizado
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O senador australiano Fraser Anning revoltou internautas com publicações a respeito do ataque terrorista que deixou 49 mortos e dezenas de feridos na Nova Zelândia. “Alguém ainda duvida da ligação entre a imigração muçulmana e a violência?”, questionou o parlamentar, conhecido pelas visões anti-imigrantes no país.
“Sejamos claros, enquanto os muçulmanos podem ter sido vítimas hoje, geralmente eles são os agressores”, afirmou o senador.
Does anyone still dispute the link between Muslim immigration and violence?
— Senator Fraser Anning (@fraser_anning) March 15, 2019
O escritório de Anning divulgou um comunicado que, posteriormente, foi retirado de suas redes sociais, no qual o senador dizia: “A verdadeira causa do derramamento de sangue nas ruas da Nova Zelândia hoje é o programa de imigração que permitiu que fanáticos muçulmanos migrassem para a Nova Zelândia”.
O senador começou o manifesto afirmando que é “totalmente contra qualquer forma de violência” na comunidade e que condena as ações do atirador. No entanto, ao decorrer do texto, continuou com acusações contra os imigrantes: “O que se destaca é o medo dentro de nossa comunidade, tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia, da crescente presença muçulmana”, diz trecho do comunicado.
Confira a íntegra do documento (em inglês):
Ataque terrorista
Ao menos 49 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas em ataques a tiros em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta sexta-feira (15/3). O atentado, classificado pelas autoridades locais como terrorista, foi o pior da história do país. A polícia deteve três homens e uma mulher.
Um dos atiradores transmitiu ao vivo pelo Facebook, durante 17 minutos, o massacre em uma das mesquitas, a de Al Noor, depois de publicar um “manifesto” em que classificou imigrantes como “invasores”.