1 de 1 Galina Danilchenko prefeita de Melitopol
- Foto: Reprodução/Twitter
Galina Danilchenko (foto em destaque) assumiu, nesse sábado (12/3), a administração de Melitopol. A ex-vereadora chegou ao poder após o antigo mandatário, Ivan Fedorov, ser sequestrado por tropas russas, na última sexta (11/3), como acusa o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Nas redes sociais, a nova líder do Executivo local é acusada de “traição” por internautas. Segundo a CNN, Danilchenko estreou no cargo com um anúncio televisionado. Ela afirmou que a “principal tarefa é dar os passos necessários que a cidade precisa para voltar ao normal”.
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
O conflito entre os dois países se arrasta para o 19º dia. Neste domingo, 35 pessoas morreram após a Rússia atacar uma base ucraniana perto de Lviv, na fronteira com a Polônia. Pelo menos 134 ficaram feridos.
Ainda neste domingo, o Ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, divulgou o saldo negativo de ataques a hospitais. São 7 centros médicos e 34 ambulâncias que foram alvo de bombardeios russos.
Outra baixa deste domingo foi a do jornalista americano Brent Renaud, de 50 anos, morto na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev. Ele era conhecido por ser um cineasta com experiência na cobertura de diversos conflitos pelo mundo.
Reações aos sequestros
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, informou que a UE condena “fortemente” o sequestro dos prefeitos de Melitopol e Dniprodrudne. Nas redes sociais, afirmou que este é outro ataque às instituições democráticas da Ucrânia e uma tentativa de se estabelecer uma alternativa governamental ilegítima à soberania de um país.
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