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“Nova Dama da Morte”: conheça a atiradora ucraniana aclamada no país

Membro das forças armadas ucranianas desde 2017, Charcoal foi apelidada de “Dama da Morte” dos dias modernos

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Atiradora de elite ucraniana Charcoal em trajes militares e segurando um fuzil - Metrópoles
1 de 1 Atiradora de elite ucraniana Charcoal em trajes militares e segurando um fuzil - Metrópoles - Foto: Reprodução/Exército ucraniano

Aclamada pelo Exército ucraniano, uma atiradora de codinome “Charcoal”, carvão em tradução livre, passou a ser tratada como heroína nacional após receber elogio público das forças armadas do país.

A atiradora entrou no poder militar da Ucrânia em 2017; e antes da invasão russa, já havia lutado contra separatistas. Voltou ao combate após a investida militar do país liderado por Vladimir Putin, em 24 de fevereiro.

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"Devemos acabar com todos eles", defendeu se referindo aos militares russos
Charcoal passou a ser comparada a uma combatente da 2ª Guerra Mundial
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Charcoal, carvão em tradução livre, passou a ser tratada como heroína nacional

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"Devemos acabar com todos eles", defendeu se referindo aos militares russos

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Charcoal passou a ser comparada a uma combatente da 2ª Guerra Mundial

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Na mensagem compartilhada pelo Exército ucraniano, Charcoal prometeu vingar seu país. “Devemos acabar com todos eles”, defendeu se referindo aos militares russos.

Ela ainda condenou a invasão. “Essas pessoas não são seres humanos. Mesmo os fascistas não eram tão vis. Devemos derrotá-los”, concluiu.

A militar passou a ser chamada por admiradores de “Nova Dama da Morte”, em referência à atiradora ucraniana Lyudmila Pavlichenko, conhecida como a “Dama da Morte”.

Lyudmila combateu durante a Segunda Guerra Mundial, fazendo parte do Exército Vermelho soviético. A veterana teria matado mais de 300 soldados nazistas.

Sanções

Os Estados Unidos, a União Europeia e o G7, grupo dos países mais ricos, confirmaram uma nova rodada de sanções econômicas e comerciais contra a Rússia. Na mira estão bancos, empresas estatais, autoridades públicas e políticos.

Nesta quarta-feira (6/4), a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, adiantou detalhes do que chamou de “pacote abrangente” de sanções. Na prática, os russos serão proibidos de fazer novos investimentos e negociações comerciais.

Entre as personalidades políticas que serão alvos das sanções estão as filhas do presidente russo, Vladimir Putin, e os parentes de ministros e ex-ministros do primeiro escalão do Kremlin (veja a lista abaixo). Eles foram acusados de esconder dinheiro no exterior.

“Amanhã, o que vamos anunciar é um pacote abrangente adicional de sanções, que irá impor custos à Rússia e enviá-la ainda mais para o caminho do isolamento econômico, financeiro e tecnológico”, comentou.

Estados Unidos, União Europeia e G7 representam cerca de 50% do comércio mundial.

“Degradaremos os principais instrumentos do poder estatal russo, impor danos econômicos agudos e imediatos à Rússia e responsabilizar a cleptocracia russa, que financia e apoia a guerra de Putin”, concluiu.

Veja a lista dos sancionados: 

  • Katerina Tikhonovna – filha de Putin
  • Maria Putina – filha de Putin
  • Mikhail Mishutsin – primeiro-ministro russo
  • Dmitry Medvedev – ex-primeiro-ministro russo
  • Maria Lavrova – esposa do ministro da Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov
  • Sberbank – maior banco público russo
  • Alfa Bank – banco banco privado russo

A Ucrânia vive o 41º dia de ataques consecutivos desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro. O desgaste diplomático está cada vez maior e resvala em outros países. O governo de Zelensky estima que 80% da população de Bucha, cidade próxima da capital Kiev, foi dizimada.

Na noite de terça-feira (5/4), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou o envio de mais US$ 100 milhões (R$ 465 milhões) em ajuda militar ao país invadido.

“Como as forças ucranianas continuam a combater corajosamente a invasão da Rússia, autorizei [o envio de] US$ 100 milhões para atender a uma necessidade urgente de sistemas antitanque adicionais para as forças da Ucrânia”, escreveu Blinken no Twitter.

Zelensky reclama

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou o comportamento de países do Ocidente e acusou as nações de pensarem mais em dinheiro do que no horror da guerra.

A reclamação de Zelensky, feita nesta quarta-feira (6/4) no Parlamento da Irlanda, ocorre após integrantes da União Europeia se dividirem sobre novas sanções contra a Rússia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

“A única coisa que nos falta é a abordagem de princípios de alguns líderes, líderes políticos e líderes empresariais, que ainda pensam que a guerra e os crimes de guerra não são algo tão horrível quanto as perdas financeiras”, lamentou. “Não posso tolerar nenhuma indecisão depois de tudo o que as tropas russas fizeram”, concluiu.

Ataques

Nesta quarta-feira (6/4), as cidades de Kharkiv, Mariupol e Sievierodonetsk sofreram novos bombardeios. Prédios ficaram em chamas. Ainda não há informações sobre mortos e feridos.

As tropas russas avançam sobre Kharkiv, no leste, e a já devastada Mariupol, no sul.

Mariupol enfrenta a situação mais dramática: 160 mil moradores estão sem energia, aquecimento ou água. Cerca de 90% dos imóveis foram destruídos pela guerra.

O governador da região leste de Luhansk, território separatista pró-Rússia, relatou que 10 prédios estão em chamas na cidade vizinha de Sievierodonetsk.

População dizimada

Autoridades ucranianas acusam a Rússia de realizar massacre de civis na cidade de Bucha. O prefeito local, Anatoliy Fedoruk, anunciou que atualmente a população está estimada em 3,4 mil habitantes — número 88% menor que os 30 mil registrados em 2021.

O mundo está assombrado com vídeos divulgados no domingo (3/4). Nas gravações, é possível ver cenas chocantes da tragédia na cidade de Bucha.

As imagens mostram ao menos 20 cadáveres no chão e em valas comuns. O governo ucraniano diz que mais de 400 corpos de civis foram encontrados na cidade.

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