Netanyahu: “Se não vencermos agora, a Europa será a próxima”
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu deu declaração à rede de TV norte-americana Fox News sobre guerra contra o Hamas
atualizado
Compartilhar notícia
As entrevistas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a redes de TV norte-americanas têm se tornado cada vez mais comuns. Na noite de segunda-feira (13/11), ele voltou a falar com a Fox News. Na conversa, o israelense afirmou que uma vitória contra o Hamas é necessária para deter também o Hezbollah.
O grupo extremista Hamas fez ataques terroristas que mataram milhares de civis e militares no dia 7 de outubro. Eles governam a Faixa de Gaza. Já o Hezbollah é outra organização paramilitar que Israel vem enfrentando no norte, junto ao território do Líbano.
Netanyahu foi perguntado se a derrota do Hamas serviria como mensagem também para o Hezbollah. “É uma mensagem necessária. Pode não ser suficiente, mas é definitivamente necessária. Sem ela, certamente não haverá qualquer dissuasão no norte”, opinou.
O primeiro-ministro frisou, no entanto, que agora o objetivo é eliminar o Hamas, até pela proximidade com os atos terroristas do 7 de Outubro. “O Hamas vai pagar por isso”, esbravejou ao conceder entrevista a Sean Hannity, antes de avisar que outros países poderão ser vítimas do grupo.
“Temos de vencer, não só para o nosso bem, mas para o bem de todo o Oriente Médio, para o bem dos nossos vizinhos árabes. Se não vencermos agora, a Europa será a próxima. E, então, você é o próximo. Temos que vencer”, apontou Netanyahu.
O político chamou o Hamas de “bárbaros”. “Não há substituto para a vitória. Temos que fazer com que as forças da civilização derrotem estes bárbaros, porque, caso contrário, esta barbárie se espalhará e colocará o mundo inteiro em perigo”, salientou.
Netanyahu já prometeu não “governar” a Faixa de Gaza
Lideranças pelo mundo inteiro expressam o receio de que Israel pode usar o 7 de Outubro como justificativa para retirar a população da Faixa de Gaza e ocupar o território – e que isso seria repetido também na Cisjordânia. “Não procuramos deslocar ninguém”, afirmou Netanyahu, em outra entrevista à Fox News feita na semana passada.
Netanyahu nega e diz que a ideia é fazer com que a ditadura do Hamas saia de Gaza. “O que temos de ver é Gaza desmilitarizada, desradicalizada e reconstruída. Tudo isso pode ser alcançado”, pontuou na mesma entrevista.
“Não pretendemos conquistar Gaza. Não pretendemos ocupar Gaza. E não pretendemos governar Gaza”, acrescentou Netanyahu. Detalhe: ele também não indicou a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, como substituto do Hamas – o que estaria nos planos dos Estados Unidos. O israelense deixou claro que o ideal é “encontrar um governo civil que esteja lá”.