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Israel e EUA divergem sobre futuro da Faixa de Gaza, diz Netanyahu

Benjamin Netanyahu afirmou que Israel e EUA ainda não chegaram a um acordo sobre quem governará Gaza caso o Hamas seja destruído

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Imagem colorida mostra Joe Biden e Benjamin Netanyahu sentados com as bandeiras dos EUA e Israel ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Joe Biden e Benjamin Netanyahu sentados com as bandeiras dos EUA e Israel ao fundo - Metrópoles - Foto: GPO/ Handout/Anadolu via Getty Images

Com o conflito entre Israel e Hamas esteja a todo vapor na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou nesta terça-feira (12/12) sobre o futuro da região, atualmente governada pelo grupo palestino, e revelou um desentendimento com os Estados Unidos sobre o assunto.

Em um comunicado em vídeo, o primeiro-ministro de Israel agradeceu a ajuda americana na luta pela “destruição do Hamas” e afirmou ter recebido “total apoio”, para além do bloqueio da “pressão internacional para parar a guerra”, após conversas com Joe Biden.

Contudo, Netanyahu afirmou que o futuro de Gaza ainda é uma discussão sem consenso com Washington, maior aliado de Tel Aviv.

“Sim, há um desacordo sobre o ‘dia seguinte ao Hamas’ e espero que cheguemos a um acordo aqui também. Gostaria de esclarecer a minha posição: não permitirei que Israel repita o erro de Oslo“, disse se referindo a um acordo assinado em 1993 com a mediação dos EUA.

Na ocasião, Palestina e Israel se comprometeram a cessar os conflitos na região, com o reconhecimento Israel por parte dos palestinos e a criação de um Estado palestino com governo autônomo.

“Depois do grande sacrifício dos nossos civis e dos nossos soldados, não permitirei a entrada em Gaza daqueles que educam para o terrorismo, apoiam o terrorismo e financiam o terrorismo”, concluiu.

Os Estados Unidos, por sua vez, já declararam que se opõem à ocupação de Gaza por Israel, e tentam costurar um acordo para que a Autoridade Palestina (AP), que governa a Cisjordânia, tome conta do território no pós-guerra.

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Palestinos tentam voltar para casa ao norte da Faixa de Gaza
A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
Na cidade de Deir al Balah, criança anda entre os escombros de prédios destruídos por bombardeios de Israel
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Criança palestina em Gaza

UNICEF/UN0464417/El Baba
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Palestinos tentam voltar para casa ao norte da Faixa de Gaza

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A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023

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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

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Na cidade de Deir al Balah, criança anda entre os escombros de prédios destruídos por bombardeios de Israel

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Guerra se estende

Apesar da fala de Netanyahu sobre o futuro da Faixa de Gaza, ainda não existem indícios de que a guerra esteja próxima de chegar ao fim.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 18 mil palestinos foram mortos desde o início da guerra. Enquanto isso, 434 soldados israelenses morreram desde o último dia 7 de outubro, quando o grupo palestino assassinou ao menos 1,2 mil pessoas em território israelense, além de fazer mais de 230 reféns.  

Além do alto número de mortos, a questão humanitária na região também se agrava a cada dia. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 70% dos palestinos em Gaza foram obrigados a fugir de suas casa na Faixa de Gaza, classificada pela Unicef como um “cemitério de crianças”.

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