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Negociação entre Rússia e Ucrânia termina sem acordo

Segundo agências russas, representantes irão se reunir com seus governos para consultas antes de novas negociações, nos próximos dias

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Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
Guerra Ucrania
1 de 1 Guerra Ucrania - Foto: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images

A primeira reunião entre as delegações russas e ucranianas, realizada nesta segunda-feira (28/2), terminou sem acordo entre as partes, de acordo com a agência estatal de notícias da Rússia, a Tass. O diálogo ocorreu na fronteira da Ucrânia com Belarus.

Segundo a agência RIA, que citou o assessor da presidência ucraniana Mykhailo Podolyak, os representantes irão se reunir com seus governos para consultas antes de uma segunda rodada de negociações nos próximos dias.

Para o governo ucraniano, além de uma interrupção do conflito, o objetivo da reunião era negociar uma saída das tropas russas que invadiram seu país.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

O governo russo de Vladimir Putin espera conseguir que a Ucrânia entregue suas armas e declare status de neutralidade, sem adesão à Otan.

A Ucrânia vive o quinto dia de bombardeio. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão cercadas de tropas russas.

Belarus também fez ataques à Ucrânia e cedeu a fronteira para a invasão russa. Apesar da investida, o governo bielorrusso garantiu que não terá ação militar durante a reunião.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

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Na última quinta-feira (24/2), Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, pediu o apoio de todos os militares e da população. Além disso, afirmou que está distribuindo armas para que todos possam se defender
Forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia
Medidas de segurança são tomadas enquanto o ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, fala com membros da imprensa na capital
Membros das forças ucranianas inspecionam carros e analisam se algo parece suspeito nas ruas de Kiev
Quatro navios de guerra (o navio de abastecimento Tender "Elbe" l e três caça-minas) deixam o porto de Kiel para reforçar o flanco norte da OTAN no Mar Báltico. A razão atual para esta medida é a escalada da crise Rússia-Ucrânia e a crescente ameaça percebida pelos parceiros da Alemanha na Europa Oriental em particular
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Conselho de Segurança da ONU votou nesse domingo (27/2) para realizar uma rara sessão especial de emergência da Assembleia Geral para discutir o ataque da Rússia à Ucrânia

Michael M. Santiago/Getty Images
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Na última quinta-feira (24/2), Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, pediu o apoio de todos os militares e da população. Além disso, afirmou que está distribuindo armas para que todos possam se defender

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Forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia

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Medidas de segurança são tomadas enquanto o ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Denys Monastyrskyi, fala com membros da imprensa na capital

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Membros das forças ucranianas inspecionam carros e analisam se algo parece suspeito nas ruas de Kiev

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Quatro navios de guerra (o navio de abastecimento Tender "Elbe" l e três caça-minas) deixam o porto de Kiel para reforçar o flanco norte da OTAN no Mar Báltico. A razão atual para esta medida é a escalada da crise Rússia-Ucrânia e a crescente ameaça percebida pelos parceiros da Alemanha na Europa Oriental em particular

Axel Heimken/picture aliança via Getty Images
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Policiais procuram homem suspeito em um posto de controle em Kiev, capital da Ucrânia. Nesta segunda (28/2), Leste Europeu vive o quinto dia de bombardeios. A escalada da violência na guerra tem atingindo militares e civis, que estão sob o risco do uso de armas nucleares

Chris McGrath/Getty Images
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Nesta segunda-feira (28/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy assinou o contrato de pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia. Abdulla Shahid, presidente da Assembleia Geral da ONU, defendeu um cessar-fogo imediato. “Temos de parar a guerra imediatamente”, frisou

Presidência Ucraniana/Agência Anadolu via Getty Images
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Pedido oficial foi feito com o apoio de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia: "Eles são um de nós e nós os queremos"

Reprodução

 

 

Mapa de ataques russos à Ucrânia terceiro dia

Assembleia Geral da ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma sessão emergencial da Assembleia Geral da ONU para discutir a punição da Rússia e de seu presidente, Vladimir Putin.

A movimentação político-diplomática é uma represália após uma resolução que exigia a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano ser vetada por causa de somente um voto contra que veio justamente da Rússia.

A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto. A reunião está sendo realizada nesta segunda-feira.

O encontro visa tomar medidas em casos de ameaça ou violação da paz ou ato de agressão, na eventualidade do Conselho de Segurança ficar impedido de agir devido ao voto negativo de um membro permanente — foi o que aconteceu com o veto da Rússia. Nesses casos, a Assembleia pode analisar o assunto imediatamente e recomendar medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e segurança internacionais.

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