“Não precisamos de mediadores”, diz Zelensky após encontro com o papa
Zelensky também afirmou que qualquer plano de paz deve ser pensado a partir dos interesses da Ucrânia, que enfrenta a invasão da Rússia
atualizado
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Após encontro com o papa Francisco no Vaticano, neste sábado (13/5), Volodymyr Zelensky voltou a defender que a Ucrânia não precisa de mediadores no conflito com a Rússia, e que qualquer plano de paz deve ser discutido a partir dos interesses do país invadido pelos russos.
“Foi uma honra para mim conhecer Sua Santidade, mas ele conhece minha posição. A guerra é na Ucrânia e o plano [de paz] deve ser ucraniano”, disse Zelensky em coletiva de imprensa após o primeiro encontro com o líder da Igreja Católica desde o início da guerra. “Com todo respeito à Vossa Santidade, não precisamos de mediadores, precisamos de uma paz justa”, declarou o presidente da Ucrânia.
Segundo Zelensky, o papa Francisco foi convidado a trabalhar por um plano de paz ao lado de outros líderes mundiais. Contudo, o líder ucraniano afirmou que a Rússia não pode ser envolvida em diálogos no momento. “Você não pode mediar com Putin, nenhum país no mundo pode fazer isso”, ressaltou.
A fala do presidente da Ucrânia acontece dias após Francisco afirmar que o Vaticano estaria envolvido em uma missão de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Itália promete apoio à Ucrânia
Além do papa Francisco, Zelensky também se encontrou com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni.
Os líderes do país enfatizaram o apoio da Itália à Ucrânia durante a guerra e condenaram a invasão da Rússia ao território ucraniano.
“Não se pode alcançar a paz por meio da rendição”, disse Giorgia Meloni. A primeira-ministra acrescentou que a Itália apoiará a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”.
No encontro com o presidente da Itália em Roma, Zelensky recebeu a garantia de que o país apoiará a candidatura da Ucrânia à União Europeia. Além disso, Sergio Mattarella afirmou que italianos continuarão dando apoio em nível militar, financeiro, humanitário e de reconstrução aos ucranianos.
“Estão em jogo não apenas a independência e a integridade territorial da Ucrânia, mas também a liberdade dos povos e a ordem internacional”, disse Mattarella.