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“Não podemos perder Kiev”, diz presidente da Ucrânia em tom de alerta

“Esta noite será a mais difícil. O inimigo vai com tudo”, avisou presidente do país, Volodymyr Zelensky. Tropas russas estão na cidade

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Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, presidente da Ucrânia. Ele usa terno e gravata escuros, camiseta clara e olha seriamente para frente- Metrópoles
1 de 1 Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, presidente da Ucrânia. Ele usa terno e gravata escuros, camiseta clara e olha seriamente para frente- Metrópoles - Foto: Pool /Guetty Images

O governo ucraniano espera bombardeios intensos durante a madrugada deste sábado (26/2), pelo horário de Brasília. O presidente do país, Volodymyr Zelensky, afirmou que Kiev, capital e centro do poder da Ucrânia, corre o risco de ser dominada pelos russos.

Na noite desta sexta-feira (25/2), em pronunciamento gravado, Zelensky fez um apelo: “Não podemos perder a capital”.

O presidente ucraniano disse que acredita que os conflitos irão se acentuar. “O destino do país será decidido agora. Esta noite será mais difícil do que o dia. Muitas cidades do nosso estado estão sob ataque. Chernihiv, Sumy, Kharkiv, nossos meninos e meninas em Donbass, as cidades do sul, atenção especial a Kiev”, ponderou.

Ele repetiu: “Esta noite será a mais difícil. O inimigo vai com tudo. Devemos resistir. A noite será muito difícil, mas o pôr do sol virá”.

Kiev sitiada

Tropas russas chegaram Kiev no início desta sexta. O prefeito determinou estado de defesa. O governo ucraniano iniciou uma operação de expulsão. Tanques foram colocados nas ruas.

A TV ucraniana exibiu à população tutoriais de como montar coquetéis molotov — tipo de arma química incendiária. Essa seria uma forma de deter os invasores russos. Além disso, o governo confirmou a distribuição de 18 mil fuzis para civis.

Na primeira declaração pública após sitiar a capital ucraniana, Kiev, o presidente Putin pediu que militares do país derrubem o presidente Volodymyr Zelensky e tomem o poder.

“Neonazistas estão fazendo todo o povo ucraniano de refém. Assumam o controle. É melhor do que trabalhar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”, frisou.

Explosões

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Ao longo da tarde, a violência voltou a aumentar. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, afirmou que ao menos cinco explosões foram ouvidas no local, o centro do poder ucraniano. Os disparos ocorreram em um espaço de 3 a 5 minutos.

“A situação agora, sem exagero, é ameaçadora para Kiev. À noite, perto da manhã, será muito difícil”, frisou Klitschko. Ainda de acordo com o prefeito, as explosões parecem vir de uma área próxima ao centro de distribuição de energia da cidade.

Alvos

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse que os bombardeios russos desta manhã atingiram um orfanato com 50 crianças, mas não deixaram vítimas.

Segundo o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, as tropas russas abriram fogo contra ambulâncias nas cidades de Chernihiv e Zaporijchia, a 514 km da capital Kiev.

O ministro também acusou os russos de dispararem contra um hospital psiquiátrico em Chernihiv, cidade que foi alvo de lançadores de foguetes na última quinta-feira (24/2), quando os bombardeios começaram.

Mapa ilustra onde o país está sendo atacado
Mapa ilustra onde o país está sendo atacado

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