Não há dúvida de que Trump cometeu crime na eleição, diz advogado
Ex-defensor pessoal do presidente dos EUA promete entregar dados sobre a “conspiração da Rússia” e pagamentos para modelo e atriz pornô
atualizado
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Lanny Davis, advogado de Michael Cohen, o ex-advogado pessoal do presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não há dúvida de que Trump cometeu um crime durante a eleição de 2016 e que seu cliente tem informações “que devem ser de interesse” para o consultor especial Robert Mueller sobre suposta conspiração russa.
Em entrevista ao programa “Morning Joe”, da MSNBC, Davis disse que Cohen tem conhecimento sobre certos assuntos que devem ser de interesse para o conselho especial, e está mais do que feliz em contar tudo o que ele sabe sobre a “conspiração da Rússia e a possibilidade de corrupção do sistema democrático americano na eleição de 2016”.
Além disso, Lanny Davis disse que a decisão de Cohen de envolver Trump diretamente a suas violações financeiras durante a campanha em relação aos pagamentos à modelo Karen McDougal e à atriz pornô Stormy Daniels são prova do delito de Trump.
“Muito claramente, não há dúvida de que Donald Trump cometeu um crime”, diz Davis. “Nenhuma dúvida, porque seus próprios advogados disseram ao conselho especial em uma carta que ele direcionou, essa é a palavra que eles usaram, Michael Cohen para fazer esses pagamentos”.
Ontem, Cohen admitiu ter violado leis de financiamento de campanha e de ter cometido fraudes fiscais e bancárias, além de admitir em documentos judiciais que o presidente o indicou pessoalmente para fazer os pagamentos a Daniels e McDougal em troca de silêncio.
Ex-advogado confessou violações nas eleições
Michael Cohen, que já representou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confessou ser culpado de acusações de fraude bancária, fraude fiscal e violações de leis de financiamento de campanha. O advogado se declarou culpado de oito acusações, incluindo cinco acusações de evasão fiscal e uma por fazer uma declaração falsa a uma instituição financeira.
Cohen também se declarou culpado por uma acusação de ter feito contribuição excessiva de campanha em 27 de outubro de 2016, a mesma data em que o advogado finalizou um pagamento para a atriz pornô Stormy Daniels como parte de um suposto caso dela com Trump.
O pagamento de US$ 130 mil para Daniels foi concluído apenas algumas semanas antes da eleição presidencial de 2016. A atriz, agora, processa Cohen e Trump por difamação. Inicialmente, o presidente americano negou saber qualquer coisa sobre o pagamento para Stormy Daniels.
O advogado afirmou que agiu “em coordenação e sob a direção de um candidato para um cargo oficial federal”, não citando nominalmente Trump. Em coletiva de imprensa dada logo após a confissão de culpa de Cohen, o vice-procurador Robert Khuzami afirmou que as acusações são “muito sérias e significativas”.
Advogado de Trump nega envolvimento
O advogado Rudolph Giuliani, que integra a equipe de defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não há alegação de qualquer delito contra Trump nas acusações feitas por Michael Cohen, que já defendeu o presidente americano.
“É claro que, como observou o promotor federal, as ações de Cohen refletem um padrão de mentiras e desonestidade durante um período significativo de tempo”, escreveu Giuliani em um breve comunicado.