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Na tentativa de frear Putin, potências aplicam novas sanções à Rússia

Conselho da Europa e a Otan anunciaram penalidades: suspensão em colegiados internacionais e mais militares em países vizinhos à Rússia

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Vladimir Putin, presidente russo. Ele usa terno e gravata e olha seriamente para a frente- Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, presidente russo. Ele usa terno e gravata e olha seriamente para a frente- Metrópoles - Foto: Sergei Karpukhin /Getty Images

Na tentativa de frear as investidas do presidente russo, Vladimir Putin, o Conselho da Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram novas sanções contra a Rússia.

No início da tarde desta sexta-feira (25/2), as entidades anunciaram penalidades ao país. As medidas foram anunciadas após a reunião de líderes de diversos países.

O Conselho da Europa determinou a suspensão “com efeito imediato” da participação da Rússia no Comitê de Ministros e na Assembleia Parlamentar após a invasão à Ucrânia, iniciada na madrugada da quinta-feira (24/2), horário de Brasília.

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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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Divulgação/Otan
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial

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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido

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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria

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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros

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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia

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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos

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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis

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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro

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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais

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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão

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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005

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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África

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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa

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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável

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A Rússia, todavia, continua a ser membro do Conselho da Europa e parte das convenções relevantes do Conselho da Europa, assim como o juiz eleito para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em relação ao país também continua a ser membro do tribunal, e os pedidos apresentados contra a Moscou continuarão a ser examinados e decididos pelo tribunal.

“A suspensão não é uma medida final, mas temporária, deixando os canais de comunicação abertos”, diz o comunicado do órgão.

A Assembleia Parlamentar do Conselho já havia suspendido o direito de voto da delegação russa em 2014 por causa da anexação da Crimeia. Cinco anos depois, seus poderes foram restaurados.

O Conselho da Europa foi fundado em 1949 com o objetivo de defender os direitos humanos e a democracia.

Mais militares

A Otan disse que a decisão de Putin de atacar a Ucrânia “foi um terrível erro de estratégia”. Os estados-membros da aliança militar se reuniram nesta sexta-feira para tratar da guerra na Ucrânia.

Em um comunicado conjunto, as nações do Ocidente disseram que irão reforçar suas tropas no braço leste da aliança. A Ucrânia não faz parte da Otan e não há presença militar da Otan em seu território.

Sem anunciar medidas concretas, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que prepara novas sanções contra o presidente Putin e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

Antes mesmo do início do conflito armado, a Rússia já havia sofrido sanções dos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Austrália.

Kiev sitiada

A Ucrânia vive o segundo dia de bombardeios. Kiev, a capital do país e coração do poder, foi invadida pelos russos. As tropas bloquearam a entrada da cidade.

O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, afirmou que o município entrou em fase defensiva. O Ministério do Interior ucraniano confirmou que militares do país iniciaram uma operação para tentar expulsar os invasores de Kiev.

A TV ucraniana está exibindo à população tutoriais de como montar coquetéis molotov — tipo de arma química incendiária. Essa seria uma forma de deter os invasores russos. Além disso, o governo confirmou a distribuição de 18 mil fuzis para civis.

Reação de Putin

Na primeira declaração pública após sitiar a capital ucraniana, Kiev, o presidente Putin pediu que militares do país derrubem o presidente Volodymyr Zelensky e tomem o poder.

“Neonazistas estão fazendo todo o povo ucraniano de refém. Assumam o controle. É melhor do que trabalhar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”, frisou.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

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