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Na ONU, países retomarão pressão por reforma do Conselho de Segurança

O G-4, formado por nações que pleiteiam um assento permanente (Brasil, Índia, Japão e Alemanha), discutirá formas de dinamizar o debate

atualizado

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Sede da ONU
1 de 1 Sede da ONU - Foto: Divulgação

Antiga prioridade da política externa brasileira, e colocada em segundo plano nos últimos anos, a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deverá voltar à pauta durante a 73ª Assembleia-Geral do organismo, a ser realizada na próxima semana em Nova York (EUA). O G-4, formado por países que pleiteiam um assento permanente – Brasil, Índia, Japão e Alemanha –, discutirá formas de dinamizar o debate.

“Queremos retomar uma dinâmica maior”, disse nesta sexta-feira (21/9) o subsecretário-geral de Assuntos Políticos Multilaterais, Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Nelson Antonio Tabajara de Oliveira. “Começar a fazer propostas mais concretas”, ressaltou. Segundo acrescentou, um novo formato pode redinamizar a própria ONU, até mesmo no tratamento de outros assuntos.

A reforma será abordada no discurso do presidente Michel Temer que, como ocorre tradicionalmente, abrirá a sessão de debates da assembleia-geral na terça-feira (25). Antes de ir à tribuna, o presidente deverá se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China. Há muitos anos, o G-4 pressiona por uma reforma que reflita a evolução da geopolítica mundial no pós-guerra.

Migrações
Outro tema que deverá ganhar destaque nessa edição da assembleia da ONU é o das migrações. O Brasil patrocina um evento paralelo chamado “Road to Marrakesh”, preparatório a uma reunião ministerial que discutirá o tema no Marrocos, em dezembro, por iniciativa das Nações Unidas.

A crise migratória dos venezuelanos, em particular, deverá ser um dos principais temas da reunião que Temer terá com o presidente da Colômbia, Iván Duque. A Colômbia é o país mais afetado pelo fluxo de pessoas que escapam da crise econômica e política que afeta a Venezuela. Temer não foi à cerimônia de posse de Duque, em 7 de agosto. Essa será a única reunião privada do brasileiro com outro chefe de Estado.

Temer desembarca em Nova York no domingo (23). Na segunda-feira (24), participa de almoço na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. O presidente retorna ao Brasil na terça, após o discurso na ONU.

Agenda paralela do Brasil
A reunião do G-4 e o Road to Marrakesh são eventos paralelos aos quais deverá comparecer o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Em sua programação, estão previstos também um pronunciamento na Cúpula Nelson Mandela, promovida pela ONU para homenagear o centenário de nascimento do líder sul-africano, e uma participação em evento para marcar o Dia Internacional de Eliminação de Armas Nucleares.

Segundo Tabajara, esse é um tema ao qual o Brasil atribui grande importância, tendo sido o primeiro a assinar o acordo internacional sobre a eliminação desses armamentos.

Estão programadas ainda reuniões paralelas dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul). Em ambas, o Brasil atuará como coordenador. No ano que vem, o país assumirá a presidência temporária dos dois grupos.

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