Na ONU, países condenam atos da Rússia, que fala em diplomacia
Discursos vieram após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer regiões separatistas na Ucrânia como repúblicas independentes
atualizado
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Após o presidente russo, Vladimir Putin, ter reconhecido como independentes regiões da Ucrânia onde há lutas separatistas, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria dos países membros do Conselho de Segurança reagiram condenando o ato.
Uma reunião de emergência da ONU foi convocada por países ocidentais depois de Putin ter reconhecido, na segunda-feira (21/2) à noite, a independência de Donetsk e Luhansk. O ato ocorreu em uma cerimônia televisionada pelo governo russo. Depois do anúncio, Putin ainda decidiu enviar tropas às regiões para, segundo ele, “manutenção da paz”.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que a tentativa de Putin para justificar a entrada nos territórios separatistas é um absurdo. “Sabemos o que realmente são”, disse .
A secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, lamentou a decisão e antecipou possível conflito breve. “As próximas horas e dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a qualquer custo”, frisou.
Países ocidentes preveem sanções contra a Rússia. Outros membros do Conselho de Segurança condenaram os últimos eventos, entre eles França, Noruega e Irlanda.
Em resposta, o governo russo disse não estar fechado à diplomacia para resolver a crise na Ucrânia. De acordo com o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, a Rússia vai impedir um “banho de sangue” nos territórios separatistas do leste do país.
“Continuamos abertos à diplomacia, a uma solução diplomática. No entanto, permitir um novo banho de sangue em Donbass é algo que não pretendemos fazer”, declarou.
Durante a sessão, vários membros do Conselho de Segurança condenaram os últimos eventos. Entre os países que criticaram a Rússia, estão França, Noruega e Irlanda, cuja embaixadora, Geraldine Byrne Nason, foi enfática. “Os atos unilaterais da Rússia não fazem mais que exacerbar as tensões”, assinalou.