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Na ONU, Lula entrega contradições sobre meio ambiente e diversidade

Em NY, Lula fez discursos voltados ao meio ambiente e à diversidade. Na prática, governo patina em questões ambientais e de gênero

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Ricardo Stuckert/PR
Imagem colorida de fundo azul com símbolo da ONU e Lula à frente discursando - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de fundo azul com símbolo da ONU e Lula à frente discursando - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na passagem por Nova York, Estados Unidos (EUA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a situação atual da Organização das Nações Unidas (ONU), mas também entregou contradições entre ações e discurso quando os temas são meio ambiente e diversidade.

Em pronunciamento antes de Lula na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou ser preciso acabar com o uso de combustíveis fósseis para preservar o meio ambiente.

Para ele, é necessária uma transição energética “rápida e justa” , e “até ano que vem, todo país deve apresentar uma contribuição de energias”.

O problema é que, no ano passado, o Brasil se uniu à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) como um dos “aliados mais próximos” do grupo. O anúncio ocorreu na época da 28ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP28), o que gerou fortes críticas ao país.

Nessa ida à Nova York, Lula ainda aproveitou para se encontrar com o presidente global da Shell, Cristiano Pinto. A empresa tem interesse em explorar petróleo na Margem Equatorial. Questionado em coletiva, o petista não demonstrou concordar que seria uma contradição a reunião em um evento para discussão também do meio ambiente.

“Conversei com uma empresa que tem 100 anos no Brasil, que tem contribuído dentro da lógica e das exigências da política energética do Brasil”, afirmou.

Diversidade

Em seu discurso na ONU, Lula também chamou a atenção para o fato de que o cargo mais alto da instituição nunca foi ocupado por uma mulher. Nesse ponto da fala, ele disparava críticas à estrutura da ONU.

“Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de secretário-Geral jamais foi ocupado por uma mulher”, disse o presidente, que foi aplaudido.

O discurso, no entanto, distoa do que vem sendo feito pelo governo. Ainda no primeiro ano de mandato, Lula demitiu duas ministras para acomodar homens indicados por partidos do Centrão.

A então ministra do Turismo Daniela Carneiro deixou a pasta para a entrada de Celso Sabino. Depois, Ana Moser foi demitida do Ministério do Esporte para dar lugar a André Fufuca. Além das ministras, o titular do Planalto também trocou a então presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes, apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.

Outro ponto que causou polêmica foram as indicações de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo sofreu pressão para fazer uma escolha inédita e colocar uma mulher negra para ocupar uma cadeira na Suprema Corte. No entanto, optou por indicar seu advogado pessoal Cristiano Zanin e o então ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, nas saídas de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

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