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Na ONU, Belarus nega ataques e defende “corredor humanitário” de fuga

País passou a centralizar uma polêmica internacional após sofrer acusações de facilitar a invasão e depois ter executado ataques

atualizado

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Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images
Edifício danificado é vista em Kievsky Rayonda de Donetsk - Ucrania
1 de 1 Edifício danificado é vista em Kievsky Rayonda de Donetsk - Ucrania - Foto: Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images

O embaixador de Belarus na Organização das Nações Unidas (ONU), Velentin Rybakov, negou que o país tenha executado ataques contra a Ucrânia e disse que a participação bielorrussa na guerra é de possibilitar uma negociação de cessar-fogo.

Nesta quarta-feira (2/3), o diplomata bielorrusso discursou no terceiro dia de sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU. O encontro é uma tentativa de punir a Rússia pelo ataque iniciado em 24 de fevereiro. “Nosso envolvimento é de organizar negociações”, garantiu. A Ucrânia vive o sétimo dia de ataques.

Belarus passou a centralizar uma polêmica internacional após sofrer acusações de facilitar a invasão e depois ter executado ataques contra a Ucrânia com mísseis. O país é comandado pelo ditador Alexander Lukashenko, aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

“Estamos nos afogando num mar de desinformação e mentiras propagadas por terroristas da informação”, rebateu.

O representante bielorrusso defendeu um cessar-fogo. Segundo Rybakov, é possível que seja aberto um corredor humanitário para que ucranianos possam sair do país pela fronteira bielorrussa.

“Belarus perdeu um terço da sua população na segunda guerra. Sabemos o qual é o preço disso. A guerra se arrasta e se torna mais cruel”, finalizou.

A sessão emergencial foi aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A movimentação político-diplomática é uma represália após uma resolução que exigia a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano ser vetada por causa de somente um voto contra, que veio justamente da Rússia.

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A população passou a usar estações de metrô para se proteger
Blindado militar russo se move ao longo da rua, em direção a Kherson, Ucrânia
Separatistas pró-Rússia ajudam nos ataques contra a Ucrânia
Militares russos na Crimeia
Cidadãos ucranianos fugiram da guerra por meio de trens
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Separatistas pró-russos, em uniformes sem insígnias, reúnem-se no assentamento controlado pelos separatistas de Mykolaivka (Nikolaevka) e Bugas, na região de Donetsk (DPR) da Ucrânia, em 1º de março de 2022

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A população passou a usar estações de metrô para se proteger

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Blindado militar russo se move ao longo da rua, em direção a Kherson, Ucrânia

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Separatistas pró-Rússia ajudam nos ataques contra a Ucrânia

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Militares russos na Crimeia

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Cidadãos ucranianos fugiram da guerra por meio de trens

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Após prédios destruídos em Kharkiv, russos dizem ter tomado Kherson

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O mundo acompanha, com atenção, os desdobramentos do conflito. O papa Francisco pede paz

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A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Convocação é rara

A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo, político e representativo das Nações Unidas. Tem como principal função discutir o direito internacional. Reúne-se anualmente, entre setembro e dezembro, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

É função do encontro tomar medidas em casos de ameaça ou violação da paz ou ato de agressão, na eventualidade do Conselho de Segurança ficar impedido de agir devido ao voto negativo de um membro permanente — foi o que ocorreu com o veto da Rússia.

Nesses casos, a assembleia pode analisar o assunto imediatamente e recomendar medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e segurança internacionais.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

Punição vetada

Para aprovar a resolução, eram necessários ao menos nove votos. O texto conseguiu o apoio de 11 nações — inclusive do Brasil. Contudo, a Rússia votou contra e vetou a medida. China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

O Conselho de Segurança é composto por 15 nações, sendo cinco permanentes. Por ser membro permanente, a Rússia tem poder de veto. O país também exerce a presidência do órgão neste momento.

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