Covid-19: na Itália, 700 mil crianças passam fome por causa da pandemia
Sindicato enquadrou situação como “uma emergência social sem precedentes desde o período pós-guerra”
atualizado
Compartilhar notícia
Pelo menos 700 mil crianças e adolescentes menores de 15 anos precisam de ajuda para se alimentar em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus na Itália.
O número faz parte de uma projeção da Coldiretti, principal organização agrícola do país europeu. Leia aqui o artigo completo elaborado pelo sindicato (versão em italiano).
“A situação crítica agravou-se em muitas famílias com o fechamento das escolas, onde as cantinas representavam a garantia de uma refeição”, disse o sindicato.
Entre os “novos pobres”, de acordo com a organização, há as famílias daqueles que perderam empregos e também pequenos comerciantes ou artesãos que tiveram que parar os serviços.
“Uma emergência social sem precedentes desde o período pós-guerra contra o qual a solidariedade foi ativada para fortalecer as intervenções alimentares para aqueles em dificuldade”, continuou a Coldiretti.
Balanço
A Itália registrou neste domingo (10/05) 165 novas mortes por causa do novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde italiano. É a menor cifra desde 10 de março, quando se iniciou o confinamento no país. O número diário vem caindo dia após dia.
Ao se analisar o ranking mundial, contudo, a Itália está entre os três países mais atingidos pela pandemia, com 30.560 mortes por coronavírus, atrás apenas de Estados Unidos (79.384) e Reino Unido (31.930).