Na COP26, Obama cobra responsabilidade do Brasil na luta pelo clima

O ex-presidente americano Barack Obama demonstrou preocupação com lideranças globais que não estão combatendo a crise climática enfaticamente. O ex-chefe da Casa Branca cobrou ações mais firmes e convocou os jovens para encamparem essa luta.

Obama discursou nesta segunda-feira (8/11), durante a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia.

O ex-líder estadunidense defendeu a união entre países para frear o aquecimento global. Obama citou nominalmente as nações mais poluidoras do mundo. “O tempo está se esgotando e não estamos nem perto de onde deveríamos estar”, alertou, ao dizer que “a maioria dos países fracassou em atingir as metas” estipuladas no Acordo de Paris, de 2015.

“Precisamos de economias avançadas, com os Estados Unidos e a Europa liderando esses assuntos. Mas vocês sabem dos fatos. Precisamos também da China e da Índia. Precisamos da Rússia. Assim como precisamos da Indonésia, da África do Sul e do Brasil. Não podemos nos dar ao luxo de ter ninguém escanteado”, frisou.

Nesse momento do discurso, Obama reclamou da atuação de Donald Trump enquanto esteve à frente da Casa Branca e apontou retrocessos.

“Reconheço que estamos vivendo em um momento no qual a cooperação internacional está atrofiada, em parte devido à pandemia, em parte devido à ascensão do nacionalismo. Em parte devido à falta de liderança dos Estados Unidos, nos últimos quatro anos, em uma série de questões multilaterais”, ponderou.

Ele continuou. “Parte do nosso progresso foi paralisada quando meu sucessor decidiu unilateralmente nos tirar do Acordo de Paris durante seu primeiro ano no poder. Eu não fiquei muito feliz com isso”, salientou.

Obama defendeu manifestações e campanhas na internet para fomentar a luta contra o aquecimento global e a diminuição da emissão de gases de efeito estufa.