Na China, censores se esforçam para limitar notícias do Panama Papers
A imprensa chinesa tem ignorado as revelações sobre ativos offshore controlados por parentes de autoridades do governo, incluindo o presidente Xi Jinping
atualizado
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Enquanto impactos políticos vão surgindo após o vazamento de documentos detalhando contas offshores ligadas a figuras proeminentes ao redor do mundo, o governo da China tenta garantir que o escrutínio do Partido Comunista fique de fora.
Desde que surgiram notícias no domingo sobre os chamados “Panama Papers”, a imprensa chinesa tem ignorado as revelações sobre ativos offshore controlados por parentes de autoridades do governo, incluindo o presidente Xi Jinping. Os censores têm limitado notícias e menções nas mídias sociais sobre os documentos.
Nem o jornal estatal People’s Daily nem a rede de televisão estatal China Central Television divulgaram informações sobre os Panama Papers. A cobertura feita pela agência de notícias oficial Xinhua se limitou a um artigo detalhando comentários de Michel Platini, o ex-presidente da federação de futebol europeia, que foi citado nos documentos.
Alguns portais de notícia chineses publicaram reportagens sobre o caso citando personalidades estrangeiras, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, sem mencionar detalhes relacionados a políticos chineses.
Algumas ferramentas de busca chinesas, como o Baidu e o Sohu, também bloquearam buscas pelo termo “Panama Papers”, embora outros termos ainda produzam resultados, como “Panama Leaks”.