Na capital iraniana, milhares velam Suleimani e pedem vingança
Autoridades e a multidão de civis que acompanharam o funeral do general prometeram retaliação aos EUA
atualizado
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Repetindo o que ocorrera no primeiro dia de funeral em Badgá, no Iraque, a multidão e as autoridades que velaram, nesta segunda-feira (06/01/2020), o general iraniano Qassim Suleimani em Teerã, pediram vingança contra os EUA. Entre os que pregaram abertamente uma retaliação, estavam a filha de Suleimani, Zeinab, e seu sucessor no comando das Forças Quds, general Esmail Ghaani.
Na capital iraniana, o velório, que já dura três dias, começou com uma cerimônia na mesquita da Universidade de Teerã e, em seguida, o corpo saiu em cortejo, cercado por milhares de pessoas.
Da cerimônia, reservada, participou também o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que inclusive chorou sobre o caixão de Suleimani. Segundo homem na hierarquia política iraniana, o general era próximo do aiatolá.
Dias sombrios
Zeinab afirmou que Trump, o qual chamou de “símbolo da ignorância” e “escravo dos sionistas”, não deve achar que a morte de seu pai “acaba com tudo”. Estados Unidos e Israel vão, segundo ela, encarar “dias sombrios“. Ghaani, por sua vez, jurou vingança: “Deus, o Todo-Poderoso, prometeu ter sua vingança, e Deus é o maior vingador. Certamente, ações serão tomadas”.
O velório contou com a presença inclusive de opositores do atual presidente, Hassan Rouhani. Embora seja da oposição, ele encarou o assassinato de Suleimani como um ataque a toda a nação iraniana.
Depois de sair do Iraque, onde foi o ataque orquestrado pelos Estados Unidos, e chegar à capital iraniana, o corpo de Suleimani segue para Kernan, cidade nala do general, onde ele será finalmente sepultado.