Na Argentina, Batakis deixa o ministério da Economia após 24 dias
Ministra assumiu o posto enquanto o país vive momento delicado na economia. Novo ministro vai comendar um “superministério”
atualizado
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Comunicado divulgado nesta quinta-feira (28/7) pelo governo da Argentina confirma a saída de Silvina Batakis do Ministério da Economia, 24 dias após a ministra assumir a titularidade da pasta. Ela teria oferecido o cargo após rumores de que o presidente Alberto Fernández negociava sua substituição pelo chefe da Câmara dos Deputados da Argentina, Sergio Massa.
Na nota, o governo argentino afirma que a troca de ministro em uma das pastas mais sensíveis para o país seria para um “melhor funcionamento, coordenação e gestão”. Massa, confirmando as informações de bastidores, assume como novo ministro da economia da Argentina.
Veja o comunicado:
COMUNICADO DE PRENSA
El presidente @alferdez decidió reorganizar las áreas económicas de su Gabinete para un mejor funcionamiento, coordinación y gestión. Se unificarán los ministerios de Economía, Desarrollo Productivo y Agricultura, Ganadería y Pesca.https://t.co/2gNBPsMZff pic.twitter.com/cYYpvySXLY
— Casa Rosada (@CasaRosada) July 28, 2022
Bataki foi convidada a assumir o ministério no início deste mês (3/7) por Fernandez. Ela entrou no cargo após a renúncia do ex-ministro Martin Guzmán, em meio a crises e tensões.
Agora, Sergio Massa assumirá um “superministério”. Ele será responsável pelas pastas da Economia; Desenvolvimento produtivo e Agricultura; Gado e pesca; e Relações com órgãos internacionais e de crédito.
Inflação
Em junho, a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 5,3%. Com isso, a inflação do país acumula alta de 64% nos últimos 12 meses – pior patamar desde 1992.
No mês passado, os itens que registraram maior aumento foram os de saúde, com alta de 7,4%, seguido pelas tarifas de água e combustíveis, com crescimento de 6,8%.
Para conter a inflação, o Banco Central da Argentina elevou sua taxa básica de juros em 300 pontos-base para 60%, o aumento mais acentuado desde 2019.