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Mulher surpreende com boa recuperação após transplante de rim de porco

O caso da norte-americana se tornou o mais recente esforço da medicina para salvar vidas humanas com orgãos modificados de animais

atualizado

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NYU Langone Transplant Institute/ Divulgação
Imagem colorida, mulher sendo encaminhada para cirurgia - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida, mulher sendo encaminhada para cirurgia - Metrópoles - Foto: NYU Langone Transplant Institute/ Divulgação

Uma mulher do Alabama, nos Estados Unidos, passou por um transplante teste de rim de porco em novembro e apresenta boa saúde após o procedimento.  A paciente foi liberada após oito anos de diálise. O caso se tornou o mais recente esforço da medicina para salvar vidas humanas com orgãos de animais.

A americana Towana Looney é a quinta cidadã do país a receber um órgão geneticamente modificado de um animal. Ao contrário de outros dois pacientes, ela apresentou bons sinais após o transplante — ambos morreram dois meses após receberem rins ou coração de porco.

À The Associated Press a mulher afirmou que este é um recomeço e que ter o órgão funcionando é inacreditável.

“A cirurgia de Looney marca um passo importante enquanto os cientistas se preparam para estudos formais de xenotransplante, que devem começar no ano que vem”, adiantou Robert Montgomery, que liderou o procedimento experimental em 25 de novembro.

A Universidade de Nova York destacou, nessa terça-feira (17/12), que Towana está se recuperando bem. A paciente recebeu alta do hospital 11 dias após a cirurgia. Nesta semana, ela retornou à unidade de saúde para ajustar os medicamentos.

A expectativa dos médicos é de que a mulher volte para casa em Adsden, Alabama, em até três meses. Caso o rim transplantado falhe, ela terá de recomeçar o processo de diálise.

Jayme Locke, cirurgião responsável pela permissão do transplante, disse que ver a esperança restaurada na vida da paciente e da família é extraordinário.

Nos Estados Unidos, mais de 100 mil pessoas estão na lista de espera por transplantes — a maioria dos pacientes precisa de um rim. Milhares morrem aguardando transplante, e muitos deles não se qualificam para fazer o procedimento.

Histórico médico

Towana havia doado um rim para a mãe em 1999, porém, complicações na gravidez causaram a ela pressão alta, resultando em falha no outro órgão.

São raros os casos em que doadores vivos desenvolvem insuficiência renal, embora os que fazem a doação recebam prioridade extra na lista de transplantes. A paciente não conseguiu um rim compatível para a operação, pois havia desenvolvido anticorpos anormais que atacam o rim humano.

Os resultados em testes feitos na paciente mostraram que ela rejeitaria todos os rins oferecidos.

Towana ouviu falar sobre as pesquisas relativas ao rim de porco na Universidade do Alabama, em Birmingham, e se ofereceu ao procedimento.

Em abril de 2023, o médico Jayme Locke entrou com um pedido na Food and Drug Administration (FDA) buscando realizar um experimento de emergência para pessoas como Towana.

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