Mulher morre com dezenas de perfurações após cirurgia plástica
Sara Gómez, de 39 anos, fez uma cirurgia estética no início de dezembro de 2021 e ficou internada por quase um mês
atualizado
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Sara Gómez, de 39 anos, morreu no dia 1º de janeiro depois de passar por uma cirurgia de lipoescultura que deixou ferimentos “típicos de uma briga com facas”. O caso aconteceu na Espanha.
Ezequiel Nicolás, ex-marido de Sara e porta-voz da família da vítima, afirmou que a morte aconteceu em decorrência de múltiplas perfurações e lesões, de 0,5 a 2 centímetros, no rim, fígado, duodeno, cólon e intestino, sofridas durante a cirurgia.
A mulher foi a uma clínica privada em Cartagena, na Espanha, para se submeter ao procedimento no dia 2 de dezembro. Ela pagou £ 4,8 mil (equivalente a quase R$ 36 mil) pela intervenção.
Segundo o jornal The Olive Press, antes da cirurgia, Sara teria dito ao médico que já havia passado por esse tipo de procedimento. Entretanto, ela foi supostamente informada de que não causaria nenhum problema.
Depois de passar por uma operação de cinco horas, o cirurgião responsável teria dito à família da vítima que tudo havia corrido bem, mas que Sara tinha perdido muito líquido e, por isso, a equipe médica estava trabalhando para estabilizá-la.
Ela teve de ser levada às pressas ao Hospital Geral Universitário Santa Lucia três horas depois, onde foi internada com choque hipovolêmico e em estado grave.
O irmão de Sara, Ruben Gómez, disse ao noticiário local que “nem pensando ao extremo é possível imaginar a realidade que estamos passando agora”. “Eles a deixaram esperando lá por quatro horas, sangrando até a morte, e ela veio aqui em um estado quase fatal”, relatou.
Sara Gómez, mãe de duas meninas, morreu no dia 1º de janeiro depois de passar quase um mês na UTI.
Nicolás afirmou que a família aguarda os resultados da autópsia e planeja registrar uma queixa contra o cirurgião plástico responsável pelo procedimento.
O advogado da família, Ignacio Martínez, também se pronunciou: “Nos mais de 30 anos que tenho lidado com esse tipo de caso, já vi de tudo, mas esse é o mais incompreensível de todos”.
Ele ainda pediu ao tribunal de Cartagena que suspenda o passaporte do cirurgião, um chileno de 38 anos, como medida preventiva, e impeça o homem de praticar atividades médicas.
Uma investigação sobre o caso está em andamento desde dezembro.