Mulher condenada à forca sofreu parada cardíaca após ver 16 execuções
Morte de iraniana foi encoberta pelo governo por mais de 1 ano. Caso veio à tona após suspeitas
atualizado
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Uma mulher condenada à forca sofreu uma parada cardíaca e morreu ao presenciar 16 homens sendo executados antes dela. Mesmo morta, a iraniana Zahra Esmaili teve sua sentença concluída; seu cadáver foi levado ao enforcamento pelos guardas responsáveis pelas execuções.
De acordo com reportagem do jornal britânico The Mirror, publicada nesta terça-feira (6/9), o caso ocorreu em 2021, mas a história ficou encoberta pelo regime bárbaro no Irã por mais de um ano. Agora, organizações de direitos humanos iranianas dão detalhes do episódio.
Zahra foi torturada juntamente aos filhos após ser acusada de assassinar seu então marido, um funcionário sênior do Ministério da Inteligência. O crime teria ocorrido em julho de 2017, após a mulher se revoltar com a situação à qual era submetida pelo homem.
O advogado da iraniana, Omid Moradi, confirmou que ela morreu vítima de um ataque cardíaco momentos antes de ser levada à forca. O corpo dela foi pendurado mesmo assim.
Os filhos de Zahra — que alegaram estar dormindo no momento do assassinato do pai — foram presos com a mãe sob acusação de conspiração. A jovem foi condenada a 5 anos de prisão e o rapaz, inocentado.
Anteriormente, autoridades iranianas negaram a história da mulher, sobretudo o fato de ela ter sofrido uma parada cardiorrespiratória. A causa da morta, aliás, não foi incluída na certidão de óbito.