MP argentino pede prisão de empresário suspeito na morte de brasileira
Para os promotores, há elementos suficientes para que o empresário seja mantido na prisão. Emmily Rodrigues morreu ao cair do 6º de prédio
atualizado
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Promotores do Ministério Público da Argentina pedem à Justiça argentina que o empresário Francisco Sáenz Valiente seja preso e processado por crime de feminicídio, por envolvimento na morte da modelo brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos.
A mulher morreu após cair do 6º andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina. Em 30 de março, vizinhos encontraram o corpo da mulher caído no chão do pátio de um prédio no bairro do Retiro, na capital argentina.
Para os representantes do Ministério Público local, falta embasamento na decisão que colocou o empresário em liberdade. As informações são do portal Télam.
Os promotores consideram que Emmily morreu em um “contexto sexualizado”, em que o suspeito facilitou o acesso a entorpecentes e do local onde foram consumidos. Além disso, apontam que a cena do crime sofreu alterações antes da chegada da perícia.
Na última quarta-feira (19/4), o empresário Francisco Sáenz Valiente foi liberado da prisão a partir de uma decisão judicial. As novas declarações do Ministério Público ocorrem em recurso à decisão.
Na Argentina, o crime de feminicídio leva a uma condenação em prisão perpétua, enquanto a facilitação do acesso a entorpecentes tem pena entre 3 e 12 anos.
Relembre o caso
Em 30 de março, Emmily Rodrígues Santos morreu após cair do 6º andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina. Em contato com a polícia, vizinhos disseram ter visto uma mulher alterada no 6º andar do prédio, e que, logo depois, despencou.
A autópsia de Emmily Rodrigues mostrou traços de drogas alucinógenas no organismo da jovem na noite de sua morte. Segundo o jornal Clarín, o entorpecente seria o “tuci”, conhecido como cocaína rosa.
O pai da brasileira, Aristides Rodrigues, afirmou a O Globo que os suspeitos tinha marcas de mordidas nas mãos. “Tudo indica que tentaram calar Emmily e ela tentava se defender através de mordidas. Pessoas viram ela acenando e gritando, pedindo para chamarem a polícia na frente do prédio, onde já tinham pessoas olhando”, disse.