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Mortos no México chegam a 324. Entenda como acontecem os terremotos

Movimentos nas placas tectônicas acontecem de forma 3D e espontaneamente. Território mexicano está sobre um linha de colisão

atualizado

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1 de 1 Castrol MX - Foto: Castrol México/Twitter/Reprodução

O número de mortos no terremoto de magnitude 7,1 ocorrido na semana passada no centro do México subiu para 324, informaram autoridades nesta segunda-feira (25/09). O coordenador Nacional de proteção Civil, Luis Felipe Puente, afirmou em mensagem no Twitter que havia 186 mortes confirmadas na Cidade do México, 73 em Morelos, 45 em Puebla, 13 no Estado do México, seis em Guerrero e uma em Oaxaca.

Além disso, pelo menos 96 pessoas morreram em outro terremoto, de magnitude 8,2, que ocorreu perto da costa sul mexicana em 7 de setembro.

As equipes de resgate ainda vasculham entre os escombros em busca de sobreviventes do tremor mais recente. Autoridades afirmaram que conseguiram liberar, até agora, 103 escolas na Cidade do México, de um total de quase 9 mil. Funcionários precisam inspecionar 98% dos colégios públicos e privados da capital, em uma mostra de quanto tempo pode levar para a volta da normalidade.

A incidência de terremotos está ligada aos movimentos das gigantes placas tectônicas ou placas litosféricas. Estas, ficam embaixo da terra e seus deslocamentos nunca pararam. Os últimos tremores no México (8/9 e 19/9) fazem aumentar a curiosidade de como são gerados esses deslocamentos espontâneos.

O doutor em sismologia e professor do observatório sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Vieira Barros, explicou ao Metrópoles que um terremoto acontece porque uma placa se rompe e libera energia elástica, acumulada ao logo dos anos, que faz a terra vibrar. “Os terremotos resultam da quebra momentânea da parte externa da terra, a litosfera”, contou.

Energia
Quando ocorre esse rompimento e a terra gera energia, ela é liberada na forma de onda sísmica ou onda mecânica. É neste exato momento que o chão começa a vibrar. “Os terremotos resultam da falha que pode subir, descer, se afastar ou encontrar e até mesmo deslizar”, explica o professor.

A energia gerada em cada movimento classifica a potência do terremoto. O aumento da escala ocorre de 10 em 10 em logarítimo. Um tremor classificado como 6 na escala Richter é 10 vezes maior do que um terremoto 5, por exemplo.

Por esta razão, um sismo de 8.2 graus é muito mais forte do que um 6 graus.

 

Caso do México
Segundo Lucas, o terremoto no México se deu porque o país está localizado em cima de uma linha de colisão. “O país sofre influencia de cinco placas diferentes”. As placas Norte-Americana, Caribe, Cocos, Pacífico e Rivera do Pacífico, ao se movimentarem, nem sempre geram tremores perceptíveis.

Brasília tremeu?
No dia 20 de setembro de 2000, a terra tremeu em Brasília. Pessoas relataram sentir o abalo sísmico em vários bairros, como Lago Sul e Asa Norte. O Observatório Sismológico na época considerou o tremor de 3,7 graus.

O Brasil, por estar no interior de uma placa tectônica, tem uma probabilidade muito pequena de sentir tremores acima de 6 graus. (Com informações da Agência Estado)

 

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