1 de 1 Ucraniano mostra local que um foguete vazio atingiu o telhado do edifício residencial em Kharkiv, Ucrânia
- Foto: Chris McGrath/Getty Images
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos confirmou que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos na guerra da Ucrânia. Nesta quarta-feira (27/4), o confronto completa 63 dias. A invasão e os bombardeios russos começaram em 24 de fevereiro.
Dos mortos, 202 são crianças, e há também 302 crianças entre os feridos, de acordo com as estatísticas.
A ONU afirma que a maioria dos civis morreram ou ficaram feridos devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de “rockets”, mísseis e bombardeios aéreos.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Segundo os dados mais recentes revelados hoje pelo Acnur, 5.317.219 ucranianos já deixaram o país. Nas últimas 24 horas, mais 52.452 pessoas abandonaram a Ucrânia.
A ONU prevê que o número chegue aos 8,3 milhões até ao fim do ano. Esse é o maior fluxo de refugiados desde a 2ª Guerra Mundial.
Além dos emigrados, há mais de 7,7 milhões de deslocados internos, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, a Rússia invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.
A guerra completa, nesta quarta-feira, 63 dias. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir, depois de ataques ucranianos contra o território russo.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Além disso, ataques recentes contra a Moldávia estão assustando líderes globais, os quais temem que o conflito saia de controle.
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