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Morre Lolita, orca mantida em cativeiro por 52 anos

A orca Lolita tinha 57 anos e seria libertada em até dois anos, após décadas de batalhas pela liberdade do animal

atualizado

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Miami Seaquarium
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1 de 1 imagem colorida da orca Lolita - Metrópoles - Foto: Miami Seaquarium

A orca Lolita, mantida em cativeiro por 52 anos, morreu poucos antes de ganhar a liberdade. O Miami Seaquarium confirmou a morte do animal, nessa sexta-feira (18/8), pelas redes sociais. “Apesar de ter recebido o melhor atendimento médico possível, ela morreu na tarde de hoje, do que se acredita ter sido um problema renal.”

Veja o comunicado:

imagem colorida de tuite da morte da orça Lolita - Metrópoles

O Miami Seaquarium lamentou a morte da orca, de 57 anos, e agradeceu a ela por “nos inspirar a cada dia”. A instituição também divulgou um vídeo de Lolita. Veja aqui.

O aquário fica fechado neste sábado (19/8), mas reabre no domingo (20). “É verdadeiramente um momento triste para nós. Obrigado pelas amáveis palavras e apoio”, acrescentou.

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As baleias assassinas são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem chegar aos 80 anos.
A baleia faleceu de infecção bacteriana
E passou 44 anos em cativeiro
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Orca Lolita no Miami Seaquarium

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As baleias assassinas são mamíferos altamente sociais que não têm predadores naturais e podem chegar aos 80 anos.

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A baleia faleceu de infecção bacteriana

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E passou 44 anos em cativeiro

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Lolita morreu pouco antes de libertada. Em março deste ano, após luta de décadas, o Miami Seaquarium informou que chegou a um “acordo vinculativo” com a organização sem fins lucrativos Friends of Lolita para levar o animal a um santuário oceânico no noroeste do Pacífico dentro de dois anos.

O anúncio foi publicado à época, nas redes sociais do aquário da Flórida, Estados Unidos. “Lolita receberá cuidados da mais alta qualidade enquanto a equipe trabalha para tornar possível a realocação nos próximos 18 a 24 meses”, escreveu o Miami Seaquarium.

Luta por liberdade

Lolita era uma das orcas mais velhas em cativeiro. Ativistas pelos animais lutaram pela liberdade dela por décadas, argumentando que ela merecia voltar para casa, no noroeste do Oceano Pacífico.

No entanto, havia dúvidas sobre a capacidade de sobrevivência da orca com a mudança, pois Lolita sofreu vários problemas de saúde ao longo dos anos em cativeiro.

Em 1970, Lolita e várias outras baleias foram vítimas de uma captura violenta de um grupo no estreito de Puget, uma enseada perto de Seattle. Quatro filhotes de baleia e um adulto foram mortos durante a captura, considerada uma das maiores ações contra orcas selvagens da história.

Mais de 90 orcas foram perseguidas e encurraladas em redes. Muitas delas morreram e várias outras foram vendidas para parques marinhos.

Por US$ 6 mil (aproximadamente R$ 30 mil), Lolita foi comprada pelo Miami Seaquarium, onde estava confinada há décadas e era usada para entretenimento humano.

Orca solitária

A orca Lolita — também conhecida como Toki, abreviação do nome nativo americano do animal, Tokitae — é a única sobrevivente do ataque e passou quase toda a vida no menor e mais antigo tanque de orcas dos EUA.

Lolita tinha cerca de quatro anos quando foi capturada e afastada da família, além de ser retirada do lar.

Em 1980, já no aquário, Lolita perdeu o então companheiro, Hugo, devido a um aneurisma cerebral ocorrido depois de o animal bater a cabeça, repetidas vezes, contra o tanque onde vivia aprisionado.

Com pouquíssimos estímulos e nenhuma oportunidade de se envolver significativamente no comportamento mais básico e natural das orcas, Lolita passava os dias flutuando, apática. Ela não tinha a companhia de nenhum membro de sua própria espécie desde a morte de Hugo.

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