Morre jornalista baleada no rosto durante manifestação no Chile
Francisca Sandoval, de 29 anos, foi a primeira jornalista morta enquanto trabalhava no país desde a redemocratização, em 1990
atualizado
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A jornalista chilena Francisca Sandoval, de 29 anos, baleada no rosto durante a cobertura de uma manifestação no Dia do Trabalhador em Santiago, morreu na quinta-feira (12/5). O autor do crime, Mauricio Naranjo, está preso preventivamente e pode cumprir pena de até 11 anos de prisão.
Francisca foi a primeira jornalista morta enquanto trabalhava no país desde a redemocratização, em 1990.
O crime ocorreu durante a tarde de 1º de maio. Francisca cobria a marcha convocada pela Central Classista de Trabalhadores. Durante a manifestação, houve saques, confronto com policiais e lançamento de coquetéis molotov. A jornalista foi baleada no rosto.
Ela ficou internada no Hospital de Urgência e Assistência Pública, em Santiago, capital Chilena. Lá, Francisca passou por procedimentos cirúrgicos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Um dia após o ataque, o presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o crime. “Assim começam as piores tragédias na América Latina: atacando a imprensa”. Nas redes sociais, ele prestou solidariedade aos amigos e familiares de Francisca.
“A violência prejudica a democracia e prejudica irreparavelmente as famílias. Nosso compromisso é com a segurança e a justiça, e não vamos descansar nesse esforço. Minhas condolências e abraços à família de Francisca Sandoval, vítima inocente de criminosos. Não permitiremos a impunidade”, escreveu o líder.
Veja a publicação:
La violencia perjudica la democracia y daña familias irreparablemente. Nuestro compromiso es con la seguridad y la justicia, y no descansaremos en ese afán. Mi sentido pésame y abrazo a la familia de Francisca Sandoval, víctima inocente de delincuentes. No permitiremos impunidad.
— Gabriel Boric Font (@gabrielboric) May 12, 2022
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