Morre ex-ditador egípcio Hosni Mubarak aos 91 anos
Por mais de 30 anos Mubarak foi líder do país. Ele foi derrubado em 2011 como parte da chamada Primavera Árabe
atualizado
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O ex-presidente do Egito Hosni Mubarak morreu nesta terça-feira (25/02/2020) aos 91 anos de idade. Ditador por mais de 30, o político foi deposto em 2011, como parte do movimento que ficou conhecido como “primavera árabe“.
As informações foram divulgadas pela TV Pública do país. O anúncio, segundo relatos de agências internacionais, foi feito sem oferecer detalhes a respeito da causa da morte.
Logo após ser deposto, em 2011, Mubarak ficou preso por mais seis anos. Ele foi libertado após ser declarado inocente na maior parte das acusações.
Poder e queda
Em 2011, quando uma onda de protestos tomou conta do Egito, Mubarak ficou encurralado e perdeu os apoios políticos e do Exército nacional que tinha até então. Seu governo durou mais de 30 anos.
Nascido em 1928, na província de Menoufia, Mubarak entrou para a Força Aérea do Egito em 1950. Ele fez parte do movimento que derrubou o rei Farouk, que governava o país até perto dos anos 60.
Em 1967, quando o Egito estava em guerra com Israel, a potência vizinha quase acabou com a Força Aérea do Egito, durante a Guerra dos Seis Dias. Depois disso, Mubarak tornou-se líder da academia da aeronáutica e definiu a sua missão: reconstruir a divisão para responder ao vizinho inimigo.
Em 1973 Mubarak teve destaque no planejamento de um ataque surpresa contra Israel, na Península do Sinai. Essa ofensiva deu início à guerra de Yom Kippur. O presidente egípcio de então, Anwar Sadat, o recompensou com o posto de vice-presidente em 1975.
A partir de então, a sua carreira foi ascendente até ele chegar à Presidência, em 1981, com o assassinato de Sadat. Ele foi reeleito por quatro vezes: em 1987, 1993, 1995 e 1999. Essas eleições foram amplamente questionadas tanto local quanto internacionalmente.