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Morre bebê que os pais tiveram que ir na Justiça para manter internado

O impasse em torno da vida do menino, de 11 meses, começou quando médicos queriam desligar os aparelhos que o mantinham vivo

atualizado

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1 de 1 pais - Foto: Reprodução/Estadão

O bebê Alfie Evans, de um ano e 11 meses, pivô de disputa judicial entre o Reino Unido e o Vaticano, morreu neste sábado (28/4) informou a família. O caso da criança, que sofria de uma doença degenerativa, foi levado à Suprema Corte britânica e ganhou a atenção do Papa Francisco.

“Meu gladiador deixou seu escudo e ganhou suas asas. Estou de coração partido”, escreveu Tom Evans, pai da criança, pelo Facebook. O bebê estava internado desde maio de 2016 por causa de uma doença degenerativa rara e vivia ligado a aparelhos. A batalha judicial pelo futuro da criança começou quando os médicos afirmaram que o melhor para Alfie seria desligar as máquinas.

Os pais, Kate e Tom Evans, ingressaram com ações na Justiça contra a decisão do hospital, mas sofreram contínuas perdas. O caso foi levado à Suprema Corte britânica, que decidiu a favor dos médicos. Segundo a justiça do Reino Unido, o desligamento dos aparelhos era do “interesse” da criança, cujo cérebro já havia sido danificado, levando à perda da visão, audição e tato.

Nas últimas semanas, o caso ganhou a atenção de grupos católicos da Polônia e do Papa Francisco, que garantiu apoio do Vaticano. A Santa Sé ofereceu manter a criança ligada a aparelhos no hospital pediátrico Bambino Gesù, em Roma. Na segunda-feira (30) a Itália concedeu cidadania ao bebê para garantir o translado.

Segundo a diretora do hospital, Mariella Enoc, o governo italiano também deixou à disposição dos familiares um avião e equipe médica para levar o bebê ao Vaticano. No entanto, a Corte de Apelações britânica negou a transferência de Alfie.

Após a última recusa, Tom Evans, pai de Alfie, acatou a decisão médica e pediu que a equipe oferecesse ao filho “a dignidade e o conforto que ele merece”. As máquinas foram desligadas na última segunda-feira à noite.

Durante o processo judicial, os médicos informaram que os exames de Alfie Evans apontavam uma “degradação catastrófica” dos tecidos cerebrais e consideravam “desumano” mantê-lo ligado aos aparelhos.

O caso motivou diversos protestos no Reino Unido, Itália, Polônia e outros países europeus, abrindo discussões sobre quem deveria decidir o futuro da criança.

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