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Morre aos 90 anos Fidel Castro, ex-presidente de Cuba

Visto publicamente pela última vez no dia 15 de novembro, o líder cubano morreu na noite desta sexta-feira (25/11)

atualizado

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fidel castro
1 de 1 fidel castro - Foto: Divulgação

Morreu, aos 90 anos, o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro. O anúncio foi feito na madrugada deste sábado (26/11) pela TV estatal cubana. A morte do ditador e líder cubano foi confirmada por Raúl Castro, irmão de Fidel, em Havana. “Castro morreu às 22h29 e o corpo do ex-presidente de Cuba será cremado, “atendendo a seus pedidos”, informou Raúl.

A doença do líder histórico cubano sempre foi considerada um segredo de Estado. Com 1,90 metro de altura, chegou a pesar cerca de 50 quilos conforme ele mesmo contou em 2010, em uma de suas raras entrevistas. “Eu cheguei a estar morto”, disse. De acordo co informações nunca confirmadas oficialmente, Fidel tinha câncer no intestino.

A última vez que Fidel foi visto publicamente foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Em agosto, a festa de aniversário de 90 anos de Fidel Castro reuniu mais de 100 mil pessoas na capital cubana. Aposentado há 10 anos, Fidel Castro só recebia visitas esporádicas de personalidades em sua casa em Havana.

Fidel Alejandro Castro Ruz nasceu a 13 de agosto de 1926 em Birán, filho de um camponês que fez fortuna na ilha e da sua segunda mulher. Estudou Direito na Universidade de Havana e quando concorria a um lugar como deputado, com 26 anos, deu-se o golpe de Fulgêncio Batista que suspendeu as eleições.

Liderou, em 1953, o assalto ao quartel Moncada, pelo qual seria condenado a 13 anos de prisão, tal como o irmão Raúl. Por pressão popular, acabaram exilados no México – onde Fidel conheceu o argentino Che Guevara.

É desse país que lança a revolução, desembarcando em Cuba no iate Granma em 1956. Depois de uma luta de guerrilha, entra vitorioso em Havana em 1959, assumindo primeiro a chefia do governo e na década de 1970 a presidência.

Seu governo se aproximava da União Soviética à medida que se distanciava dos EUA – que a partir de 1960 instituíram o embargo a Cuba após a nacionalização de várias empresas.

Mas foi a doença de Fidel, em meados de 2006, e a chegada ao poder de Raúl que possibilitaram as grandes mudanças de hoje em Cuba. Sem perder a ideologia e a estrutura comunista, a ilha voltou a ter relações diplomáticas com seu maior inimigo histórico, os EUA, em julho de 2015.

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